É HOJE!


Hoje! 

Não é só mais um dia. É Hoje!
E eu queria o hoje nem existisse. Que o Hoje tivesse sido em 5 de outubro de 2014. Mas se temos que conviver com ele, que seja da melhor forma.
Não é medo, ou talvez até seja. Mas não esse medo da derrota que alguns tem, afinal para mim não é um campeonato, pois se fosse no ano que vem eu teria a chance de novo. O meu medo vai além da derrota, aliás eu lido bem com ela há 20 anos aqui em SP. O meu medo é o ódio. Desenfreado, de tudo, de todos, do mundo... Aliás, apenas uma parcela do mundo. A parcela do mundo chamado Brasil que nos últimos 12 anos conquistou sua dignidade. Conquista essa exaltada mundo a fora, mas não aqui. Saímos do mapa da fome! “Mas e daí se a bolsa de valores só cai?! Temos fome de dólar e esse só aumenta!” ... Tivemos a menor taxa de desemprego registrada na história! “Mas e daí se a oscilação do mercado está assustadora?” ... Tiramos 30 milhões de pessoas da miséria! “Ah, disso eu entendo bem! Minha empregada se recusa a trabalhar. Onde já se viu, fica recebendo essas ‘bolsas-esmolas’ do governo e não quer mais trabalhar por R$ 500,00 por mês. E olha que eu pago bem... por que a Cristina Josefina de Alburquerque Noronha paga apenas...” Ahhh! Estou cansada!
Faz dias que não durmo direito. Faz dias que não penso em outra coisa. Já fui chamada de doente, que estou viciada, paranoica, que nada do que fizer salvará o mundo, que sou apenas uma. Mas um conforto foi descobrir que não sou apenas UMA. Somos milhares. Uma onda vermelha que está indo longe. 
Foram meses de angústia e a cada dia eu esperada mais e mais pelo dia de hoje, pois ele decidiria o curso da minha vida e de todos os brasileiros. Quisera que todos entendessem dessa forma. Que não fosse uma disputa de um campeonato entre o time Vermelho x time Azul, mas que fosse uma disputa por ideologias, disputa por um Brasil melhor. Mas infelizmente o processo eleitoral transformou-se em uma grande luta de classes, em um concurso de ofensas gratuitas. Falando em ofensas, eu fui ofendida, como fui. “Bandida, corrupta, suja, mal caráter, inconveniente,  mal informada, burra, sofro de cegueira partidária, vivo em outro mundo...” e por ai vai. E tudo por levantar uma bandeira, a bandeira vermelha. E saibam, onde ela estiver é onde eu estarei. 
Não voto em corrupto! Voto em quem deu oportunidades para o povo, oportunidades essas que lhe foram negadas por outros. Voto pelos direitos, voto pela democracia. Voto por mim e por todos meus alunos. Voto até para você que está discordando do texto. “Você não ganhará nada por isso!” Eu ganho! Eu ganho um futuro para mim, para os meus alunos, para quem não tem nada, para quem não tem voz. “E caso não ganhe amanhã...?” No seu campeonato posso perder, mas na minha convicção, NUNCA!
Amanhã vou de 13, como sempre fui na minha vida. Defenderei um número, uma cor, uma sigla e um nome: Dilma! Pois com ela conheci sorrisos onde havia tristeza. Conheci saciedade onde havia fome. Lar onde não havia nada. Futuro onde havia a dúvida. Conheci o negro e pobre como médico. Conheci a vitória onde só havia desespero. E hoje conheceremos o amor onde, até então, só havia o ódio! 
Confiança! É com ela que irei me vestir hoje!





13 de agosto...


13 de agosto de 2014...
E até o clima do dia está colaborando para a melancolia que ele se transformou.
Um dia triste por perdas trágicas. Temos falado muito do Eduardo Campos, mas esquecemos que sua equipe que estava com ele no avião, que também tem família e que ela está sofrendo igualmente.
Eu esperava que essa eleição fosse suja, desonesta, como já vimos anteriormente, mas nunca poderia imaginar algo do tipo. E agora vejo o partido e a coligação se degladiando nos bastidores pelo posto deixado. Vejo a mídia insensível cercando os familiares em busca do "furo", ignorando completamente os seus sentimentos e o momento que tem que lhe ser dado. Vejo a ignorância de quem usa a Rede Social  para disseminar seu ódio, e aparentemente vive a espera de um fato ruim para usá-lo como forma de denegrir a imagem de alguém. Vejo a insensibilidade de quem não tem respeito pela dor e utiliza a dor para fazer piada.
Vejo que a morte de Eduardo Campos ser usada como campanha de ódio e sei que verei, em um futuro próximo, que ela será também usada como campanha de marketing.
É triste como quanto mais nos tornamos "populares" em um mundo de faz de conta, como é uma Rede Social, mais insensíveis e cruéis ficamos... na mesma proporção.
Que esse dia não seja esquecido, assim como o legado do Eduardo Campos não seja. E mesmo eu não concordando com ele politicamente eu sinto dor. Mais aguda do que deveria ser. Que ele possa descansar e que seu nome esteja ligado ao seu legado e não as conspirações absurdas que estão surgindo.
Tenho medo do nosso futuro ser de solidão. Que monitores se tornem cada vez mais escudos da nossa ignorância e teclados armas do nosso ódio.

A Copa das Copas!

Adoro futebol, afinal nasci em um lar de homens loucos por futebol. Corinthiana chata e orgulhosa, daquela que vai ao estádio e fala palavrão (não me orgulho disso, mas você já foi ao estádio?). Lá em casa não gostamos só do nosso clube, somos amantes do futebol.
Quando o Brasil foi escolhido para ser a sede da Copa do mundo eu vibrei e até fiz planos de assistir no estádio a pelo menos um dos jogos do mundial, e quando o preço dos ingressos foram divulgados decidi assistir os jogos da poltrona aqui de casa mesmo, não necessariamente pelo valor que seria justo, mas na atual situação de “vida nova” fiquei impossibilitada. Minha torcida não seria menor por isso.
Não fiz coro contra a Copa, em momento nenhum. Quando os grandes slogans “Imagina na Copa” e “É esse o país da Copa” começaram a pipocar nas redes sociais percebi que era só mais um coro inútil e fiz chacota com eles (e como!), assim como as manifestações contra o Mundial que pipocavam nas ruas. Vou confessar, estava temerosa com o que poderia ser dito do nosso país, principalmente por conta do momento político que estamos vivendo, mas sabia que aquela seria a Copa das Copas. Não podíamos falhar. Juntos, fizemos toques, lançamentos, defesas espetaculares e toques de letra. Mas tivemos bolas foras e a pior delas foi o insulto vergonhoso perante o mundo todo que fizeram contra a nossa Chefe da nação, aquela que sempre acreditou e seguiu com o mantra de que seria essa a Copa da Copa. A presidente Dilma, naquele palanque, não só representava a figura administrativa da nação, ela era uma torcedora que assistia aflita ao lado da sua filha o desempenho da Seleção, esqueceram que ela é uma mulher, e sofreu demais para permitir a liberdade de expressão, que nesse caso se voltou contra ela. No instante em que os insultos tomaram conta da Arena Corinthians eu tomei as dores e parti em defesa, comprei briga com “intelectuais” da grande mídia, me senti no dever de alertar com relação ao ato deplorável e vergonhoso que vinha da área VIP do estádio, local onde os “intelectuais” guardavam seus postos comprados (R$ 900,00) ou presenteados. E fui ofendida, tanto quanto a presidente. Mas resisti, com chacotas (sou boa nisso). Devolvia a ofensa com humor, e na mesma medida das ofensas vieram elogios e incentivos pela minha “coragem”. Me senti bem, e sabia que a redenção viria em breve, e de fato ela veio. Hoje 03 de julho de 2014 um dos órgãos de pesquisa revelou resultados de uma pesquisa sobre intenção de voto, avaliação do governo, aceitação da Copa e qual a opinião sobre os insultos contra a Presidente e esse último apontou que 76% da população considerou VERGONHOSO! E os outros 24? Lembrem-se, temos a ala VIP no nosso país!
A Copa está provando o potencial do Brasil ao mundo, mas principalmente está provando ao brasileiro que somos sim tão capazes quanto o resto do mundo. Não somos só capazes com uma bola no pé. Temos o potencial de promovermos uma linda festa verde e amarela, voltar os olhos do mundo para nós e fazermos sim A COPA DAS COPAS. Acredito que a nossa síndrome do Vira-lata será erradicada depois do dia 13 de julho, fomos vacinados. Duvida? Com esse problema resolvido podemos nos dedicar a outros que assolam a nossa sociedade, como por exemplo:  o desconhecimento de que o Brasil possui outros partidos políticos além do PT; Que o nosso sistema governamental se divide em três poderes (legislativo, executivo e judiciário) e cada um deles possui as suas próprias demandas e responsabilidades; Que “Eu resolvo na urna” e votar nulo não resolve nada; Que ler e abrir a mente para novas idéias lhe deixará mais propício ao diálogo e entendimento; e insultar ou usar o CAPS LOCK quando não houver argumento não vale de argumento.
E a nossa mídia? Ontem incentivava os slogans pessimistas. Hoje ela faz matérias mostrando que os torcedores se renderam ao Mundial. Que hoje a aceitação da Copa é maior e nos orgulhamos dessa festa. Os torcedores estão arrependidos? Sei!
Como eu disse no começo desse texto eu amo futebol e chorei e sofri demais no jogo contra o Chile, mas como sou corinthiana (se não for sofrido, não é Corinthians) estou acostumada com o sofrimento, mas amanhã (04 de julho) contra a Colômbia poderia ser um pouco mais tranquilo, vamos guardar nosso sofrimento, afinal a Argentina está na mira. Independente do resultado continuarei brasileira, me orgulhando dessa Pátria mãe gentil, que recebeu o mundo todo e aos pouco (eu acredito) está começando a se receber, se aceitar. Continuarei defendendo o que acredito, e comprando brigas, mesmo que virtuais, pelo que considero correto. Não baixarei minha guarda! Tenho exemplos dignos que não abaixam a cabeça e nem se abalam diante de um do ódio irracional de um estádio lotado.
E por fim, lhe convido a assistir esse belíssimo depoimento do ator José de Abreu para mãe da Paula, avó do Gabriel, Dilma Rousseff!



Não nos calaremos!

Nunca tivemos muito direito ao barulho, mas quando o mais absoluto silêncio se fez, trouxe com ele uma escuridão nunca antes vista.
Ele veio marchando de madrugada, sorrateiro e covarde. Tirou de nós a luz vermelha, aquela que há tempos desejávamos, que iria dar da terra o nosso futuro. Colocou uma mordaça em quem nos defendia e lançou seu véu negro sobre toda uma nação.
Aos poucos o silêncio foi se alastrando, e a escuridão nos devorando. Vendaram nossos olhos (livros terroristas), tamparam nossos ouvidos (mídia aliada) e calaram de vez nossa voz. Mas resistimos. Houveram muitos que lutaram. Soltaram a voz! Diziam que apesar da escuridão o amanhã seria um novo dia. Heróis!
No entanto tantas vozes se calaram, de vez. E essas emudeceram a murros, pontapés, tapas, choques, afogamentos... Ah! Se pudessem ouvir o que essas voz queriam dizer. Mas não houve chance para tal. O silêncio era a sentença. E para as mães, pais, irmãs, irmãos, filhos, filhas, mulheres, maridos e companheiros, para eles sobram apenas os lamentos, também silenciosos.
E quem sobreviveu a esse silêncio, aquele mais profundo vindo diretamente dos porões, hoje é perseguido por vozes, dolorosas vozes, que os assombra por toda vida.

E a nós cabe gritar aos ventos, a plenos pulmões, as dores e agonias desse período que ainda hoje nos ronda, para que aos desavisados seja dito: SILÊNCIO NUNCA MAIS!

Bienvenidos Compañeros!

Depois de tanto tempo eu voltei, mas só voltei porque hoje senti vergonha e precisava compartilha-la com vocês, mesmo que ninguém leia.


Hoje senti vergonha, e olha que eu sou uma pessoa muito bem resolvida, mas hoje não deu, senti vergonha!

Moro em um país onde o dinheiro é mais importante do que vida, onde se burlam leis para proveito próprio, onde adolescentes de 15 anos não sabem ler e escrever, onde a educação é por números e não por qualidade, onde os leitos de hospitais são os corredores, onde os "médicos" que fazem juramento de salvar nossas vidas priorizam trabalhar em locais onde o dinheiro é mais importante (primeiro item da nossa lista). Meu país precisa de muitos remendos, aliais, chega de tapar buraco, precisamos de soluções concretas para nossos problemas, mas se eu fosse listar nossas mazelas dedicaria o blog a isso. 

Mas o meu país está mudando, está prezando as vidas e não mais as vantagens que o poder pode dar. Claro, a passos curtos, afinal a nossa democracia é recente e um passo mais cumprido pode fazer o gigante acordar, ai ele com sono é manipulado e pisa em tudo o que foi construído, já vimos essa história, bem recentemente. 

Os passos são curtos, mas concretos. O meu país hoje é querido lá fora, todos nos querem, temos dinheiro! Mas aqui dentro temos a síndrome do Vira Lata, está tudo ruim. Pelo menos é isso que querem que acreditemos. Hoje no meu país crianças não morrem mais de fome, pais e mães não veem mais os filhos morrerem de fome, pessoas que não tinham oportunidades hoje podem se formar no nível superior. Enfim, poderia também apontar aqui todas as vitórias do meu país, mas também demandaria um bom espaço do blog. 

Voltemos a vergonha... 



Um dos desejos da sociedade que foi as ruas era "melhores condições na saúde pública" e prontamente o meu país atendeu a esse pedido. Fez um projeto de emergência dando oportunidade de emprego com salário alto e benefícios para os "médicos" que tão honradamente se formaram em faculdades públicas ou bancaram altas mensalidades para jurarem salvar vidas ("desde que eu possa escolher quais vidas salvar..."). Mas espera, "com 10 mil reais por mês eu não pago o investimento que meu pai (papai) fez na minha carreira, ou com 10 mil reais por mês eu não pago o investimento que fiz na faculdade pública (oi?!?!)".

Ai vamos as ruas contra esse projeto, deixamos os postos de trabalho e os pacientes sem atendimento ("nosso direito é válido")!

O governo não arreda o pé e mantem o projeto, conclusão: 10% das vagas são preenchidas pelos nossos honrados "médicos". "Trabalhar onde o povo precisa? Esqueceu que sou eu quem escolhe os meus pacientes? Não dá pitaco na minha vida profissional, meu papai disse para não me misturar com a gentalha!"

O que fazer agora que as vagas não foram preenchidas?! Chamemos quem quer trabalhar, quem temos bom relacionamento diplomático: Os cubanos!
"Povo feio. Mulheres com cara de empregada doméstica. Vamos vaiá-los? Meu papai disse que isso vai fazer com que a sociedade nos dê razão!"



Engano seu, senhor reacionário de jaleco. O meu país está caminhando, esqueceu? O povo está começando a entender como as coisas funcionam, aceitando mais o social, e o capital, mesmo embora seja um dos pecados, hoje, pelo menos HOJE, não importa!

Companheiros cubanos, hoje eu me envergonho por dizer que sou brasileira, mas ao mesmo tempo me orgulho da grande maioria dos brasileiros que defendem a permanência de vocês no nosso território, que agradece por levar esperança onde o "santo de casa" não teve a capacidade de ir. 

SEJAM BEM VINDOS e que Little Rock nunca mais aconteça, nunca mais!


Perdão por meu país ser tão imaturo, mas acredite, um dia exerceremos nossas funções por amor e não por dinheiro. Quem sabe não são vocês que vão nos ensinar?!





"Little Rock, Estados Unidos, 1957. Estudante Elizabeth Eckford chega para o seu primeiro dia de aula numa escola sem separação racial. Precisou de reforço policial para conseguir entrar.


Fortaleza, Brasil, 2013. Médicos brasileiros brancos e bem nascidos fazem um corredor para vaiar seus colegas cubanos, muitos deles negros, que vieram ao país contratados para atuar em regiões carentes para as quais os brasileiros não querem ir."

É HOJE!


Hoje! 

Não é só mais um dia. É Hoje!
E eu queria o hoje nem existisse. Que o Hoje tivesse sido em 5 de outubro de 2014. Mas se temos que conviver com ele, que seja da melhor forma.
Não é medo, ou talvez até seja. Mas não esse medo da derrota que alguns tem, afinal para mim não é um campeonato, pois se fosse no ano que vem eu teria a chance de novo. O meu medo vai além da derrota, aliás eu lido bem com ela há 20 anos aqui em SP. O meu medo é o ódio. Desenfreado, de tudo, de todos, do mundo... Aliás, apenas uma parcela do mundo. A parcela do mundo chamado Brasil que nos últimos 12 anos conquistou sua dignidade. Conquista essa exaltada mundo a fora, mas não aqui. Saímos do mapa da fome! “Mas e daí se a bolsa de valores só cai?! Temos fome de dólar e esse só aumenta!” ... Tivemos a menor taxa de desemprego registrada na história! “Mas e daí se a oscilação do mercado está assustadora?” ... Tiramos 30 milhões de pessoas da miséria! “Ah, disso eu entendo bem! Minha empregada se recusa a trabalhar. Onde já se viu, fica recebendo essas ‘bolsas-esmolas’ do governo e não quer mais trabalhar por R$ 500,00 por mês. E olha que eu pago bem... por que a Cristina Josefina de Alburquerque Noronha paga apenas...” Ahhh! Estou cansada!
Faz dias que não durmo direito. Faz dias que não penso em outra coisa. Já fui chamada de doente, que estou viciada, paranoica, que nada do que fizer salvará o mundo, que sou apenas uma. Mas um conforto foi descobrir que não sou apenas UMA. Somos milhares. Uma onda vermelha que está indo longe. 
Foram meses de angústia e a cada dia eu esperada mais e mais pelo dia de hoje, pois ele decidiria o curso da minha vida e de todos os brasileiros. Quisera que todos entendessem dessa forma. Que não fosse uma disputa de um campeonato entre o time Vermelho x time Azul, mas que fosse uma disputa por ideologias, disputa por um Brasil melhor. Mas infelizmente o processo eleitoral transformou-se em uma grande luta de classes, em um concurso de ofensas gratuitas. Falando em ofensas, eu fui ofendida, como fui. “Bandida, corrupta, suja, mal caráter, inconveniente,  mal informada, burra, sofro de cegueira partidária, vivo em outro mundo...” e por ai vai. E tudo por levantar uma bandeira, a bandeira vermelha. E saibam, onde ela estiver é onde eu estarei. 
Não voto em corrupto! Voto em quem deu oportunidades para o povo, oportunidades essas que lhe foram negadas por outros. Voto pelos direitos, voto pela democracia. Voto por mim e por todos meus alunos. Voto até para você que está discordando do texto. “Você não ganhará nada por isso!” Eu ganho! Eu ganho um futuro para mim, para os meus alunos, para quem não tem nada, para quem não tem voz. “E caso não ganhe amanhã...?” No seu campeonato posso perder, mas na minha convicção, NUNCA!
Amanhã vou de 13, como sempre fui na minha vida. Defenderei um número, uma cor, uma sigla e um nome: Dilma! Pois com ela conheci sorrisos onde havia tristeza. Conheci saciedade onde havia fome. Lar onde não havia nada. Futuro onde havia a dúvida. Conheci o negro e pobre como médico. Conheci a vitória onde só havia desespero. E hoje conheceremos o amor onde, até então, só havia o ódio! 
Confiança! É com ela que irei me vestir hoje!





13 de agosto...


13 de agosto de 2014...
E até o clima do dia está colaborando para a melancolia que ele se transformou.
Um dia triste por perdas trágicas. Temos falado muito do Eduardo Campos, mas esquecemos que sua equipe que estava com ele no avião, que também tem família e que ela está sofrendo igualmente.
Eu esperava que essa eleição fosse suja, desonesta, como já vimos anteriormente, mas nunca poderia imaginar algo do tipo. E agora vejo o partido e a coligação se degladiando nos bastidores pelo posto deixado. Vejo a mídia insensível cercando os familiares em busca do "furo", ignorando completamente os seus sentimentos e o momento que tem que lhe ser dado. Vejo a ignorância de quem usa a Rede Social  para disseminar seu ódio, e aparentemente vive a espera de um fato ruim para usá-lo como forma de denegrir a imagem de alguém. Vejo a insensibilidade de quem não tem respeito pela dor e utiliza a dor para fazer piada.
Vejo que a morte de Eduardo Campos ser usada como campanha de ódio e sei que verei, em um futuro próximo, que ela será também usada como campanha de marketing.
É triste como quanto mais nos tornamos "populares" em um mundo de faz de conta, como é uma Rede Social, mais insensíveis e cruéis ficamos... na mesma proporção.
Que esse dia não seja esquecido, assim como o legado do Eduardo Campos não seja. E mesmo eu não concordando com ele politicamente eu sinto dor. Mais aguda do que deveria ser. Que ele possa descansar e que seu nome esteja ligado ao seu legado e não as conspirações absurdas que estão surgindo.
Tenho medo do nosso futuro ser de solidão. Que monitores se tornem cada vez mais escudos da nossa ignorância e teclados armas do nosso ódio.

A Copa das Copas!

Adoro futebol, afinal nasci em um lar de homens loucos por futebol. Corinthiana chata e orgulhosa, daquela que vai ao estádio e fala palavrão (não me orgulho disso, mas você já foi ao estádio?). Lá em casa não gostamos só do nosso clube, somos amantes do futebol.
Quando o Brasil foi escolhido para ser a sede da Copa do mundo eu vibrei e até fiz planos de assistir no estádio a pelo menos um dos jogos do mundial, e quando o preço dos ingressos foram divulgados decidi assistir os jogos da poltrona aqui de casa mesmo, não necessariamente pelo valor que seria justo, mas na atual situação de “vida nova” fiquei impossibilitada. Minha torcida não seria menor por isso.
Não fiz coro contra a Copa, em momento nenhum. Quando os grandes slogans “Imagina na Copa” e “É esse o país da Copa” começaram a pipocar nas redes sociais percebi que era só mais um coro inútil e fiz chacota com eles (e como!), assim como as manifestações contra o Mundial que pipocavam nas ruas. Vou confessar, estava temerosa com o que poderia ser dito do nosso país, principalmente por conta do momento político que estamos vivendo, mas sabia que aquela seria a Copa das Copas. Não podíamos falhar. Juntos, fizemos toques, lançamentos, defesas espetaculares e toques de letra. Mas tivemos bolas foras e a pior delas foi o insulto vergonhoso perante o mundo todo que fizeram contra a nossa Chefe da nação, aquela que sempre acreditou e seguiu com o mantra de que seria essa a Copa da Copa. A presidente Dilma, naquele palanque, não só representava a figura administrativa da nação, ela era uma torcedora que assistia aflita ao lado da sua filha o desempenho da Seleção, esqueceram que ela é uma mulher, e sofreu demais para permitir a liberdade de expressão, que nesse caso se voltou contra ela. No instante em que os insultos tomaram conta da Arena Corinthians eu tomei as dores e parti em defesa, comprei briga com “intelectuais” da grande mídia, me senti no dever de alertar com relação ao ato deplorável e vergonhoso que vinha da área VIP do estádio, local onde os “intelectuais” guardavam seus postos comprados (R$ 900,00) ou presenteados. E fui ofendida, tanto quanto a presidente. Mas resisti, com chacotas (sou boa nisso). Devolvia a ofensa com humor, e na mesma medida das ofensas vieram elogios e incentivos pela minha “coragem”. Me senti bem, e sabia que a redenção viria em breve, e de fato ela veio. Hoje 03 de julho de 2014 um dos órgãos de pesquisa revelou resultados de uma pesquisa sobre intenção de voto, avaliação do governo, aceitação da Copa e qual a opinião sobre os insultos contra a Presidente e esse último apontou que 76% da população considerou VERGONHOSO! E os outros 24? Lembrem-se, temos a ala VIP no nosso país!
A Copa está provando o potencial do Brasil ao mundo, mas principalmente está provando ao brasileiro que somos sim tão capazes quanto o resto do mundo. Não somos só capazes com uma bola no pé. Temos o potencial de promovermos uma linda festa verde e amarela, voltar os olhos do mundo para nós e fazermos sim A COPA DAS COPAS. Acredito que a nossa síndrome do Vira-lata será erradicada depois do dia 13 de julho, fomos vacinados. Duvida? Com esse problema resolvido podemos nos dedicar a outros que assolam a nossa sociedade, como por exemplo:  o desconhecimento de que o Brasil possui outros partidos políticos além do PT; Que o nosso sistema governamental se divide em três poderes (legislativo, executivo e judiciário) e cada um deles possui as suas próprias demandas e responsabilidades; Que “Eu resolvo na urna” e votar nulo não resolve nada; Que ler e abrir a mente para novas idéias lhe deixará mais propício ao diálogo e entendimento; e insultar ou usar o CAPS LOCK quando não houver argumento não vale de argumento.
E a nossa mídia? Ontem incentivava os slogans pessimistas. Hoje ela faz matérias mostrando que os torcedores se renderam ao Mundial. Que hoje a aceitação da Copa é maior e nos orgulhamos dessa festa. Os torcedores estão arrependidos? Sei!
Como eu disse no começo desse texto eu amo futebol e chorei e sofri demais no jogo contra o Chile, mas como sou corinthiana (se não for sofrido, não é Corinthians) estou acostumada com o sofrimento, mas amanhã (04 de julho) contra a Colômbia poderia ser um pouco mais tranquilo, vamos guardar nosso sofrimento, afinal a Argentina está na mira. Independente do resultado continuarei brasileira, me orgulhando dessa Pátria mãe gentil, que recebeu o mundo todo e aos pouco (eu acredito) está começando a se receber, se aceitar. Continuarei defendendo o que acredito, e comprando brigas, mesmo que virtuais, pelo que considero correto. Não baixarei minha guarda! Tenho exemplos dignos que não abaixam a cabeça e nem se abalam diante de um do ódio irracional de um estádio lotado.
E por fim, lhe convido a assistir esse belíssimo depoimento do ator José de Abreu para mãe da Paula, avó do Gabriel, Dilma Rousseff!



Não nos calaremos!

Nunca tivemos muito direito ao barulho, mas quando o mais absoluto silêncio se fez, trouxe com ele uma escuridão nunca antes vista.
Ele veio marchando de madrugada, sorrateiro e covarde. Tirou de nós a luz vermelha, aquela que há tempos desejávamos, que iria dar da terra o nosso futuro. Colocou uma mordaça em quem nos defendia e lançou seu véu negro sobre toda uma nação.
Aos poucos o silêncio foi se alastrando, e a escuridão nos devorando. Vendaram nossos olhos (livros terroristas), tamparam nossos ouvidos (mídia aliada) e calaram de vez nossa voz. Mas resistimos. Houveram muitos que lutaram. Soltaram a voz! Diziam que apesar da escuridão o amanhã seria um novo dia. Heróis!
No entanto tantas vozes se calaram, de vez. E essas emudeceram a murros, pontapés, tapas, choques, afogamentos... Ah! Se pudessem ouvir o que essas voz queriam dizer. Mas não houve chance para tal. O silêncio era a sentença. E para as mães, pais, irmãs, irmãos, filhos, filhas, mulheres, maridos e companheiros, para eles sobram apenas os lamentos, também silenciosos.
E quem sobreviveu a esse silêncio, aquele mais profundo vindo diretamente dos porões, hoje é perseguido por vozes, dolorosas vozes, que os assombra por toda vida.

E a nós cabe gritar aos ventos, a plenos pulmões, as dores e agonias desse período que ainda hoje nos ronda, para que aos desavisados seja dito: SILÊNCIO NUNCA MAIS!

Bienvenidos Compañeros!

Depois de tanto tempo eu voltei, mas só voltei porque hoje senti vergonha e precisava compartilha-la com vocês, mesmo que ninguém leia.


Hoje senti vergonha, e olha que eu sou uma pessoa muito bem resolvida, mas hoje não deu, senti vergonha!

Moro em um país onde o dinheiro é mais importante do que vida, onde se burlam leis para proveito próprio, onde adolescentes de 15 anos não sabem ler e escrever, onde a educação é por números e não por qualidade, onde os leitos de hospitais são os corredores, onde os "médicos" que fazem juramento de salvar nossas vidas priorizam trabalhar em locais onde o dinheiro é mais importante (primeiro item da nossa lista). Meu país precisa de muitos remendos, aliais, chega de tapar buraco, precisamos de soluções concretas para nossos problemas, mas se eu fosse listar nossas mazelas dedicaria o blog a isso. 

Mas o meu país está mudando, está prezando as vidas e não mais as vantagens que o poder pode dar. Claro, a passos curtos, afinal a nossa democracia é recente e um passo mais cumprido pode fazer o gigante acordar, ai ele com sono é manipulado e pisa em tudo o que foi construído, já vimos essa história, bem recentemente. 

Os passos são curtos, mas concretos. O meu país hoje é querido lá fora, todos nos querem, temos dinheiro! Mas aqui dentro temos a síndrome do Vira Lata, está tudo ruim. Pelo menos é isso que querem que acreditemos. Hoje no meu país crianças não morrem mais de fome, pais e mães não veem mais os filhos morrerem de fome, pessoas que não tinham oportunidades hoje podem se formar no nível superior. Enfim, poderia também apontar aqui todas as vitórias do meu país, mas também demandaria um bom espaço do blog. 

Voltemos a vergonha... 



Um dos desejos da sociedade que foi as ruas era "melhores condições na saúde pública" e prontamente o meu país atendeu a esse pedido. Fez um projeto de emergência dando oportunidade de emprego com salário alto e benefícios para os "médicos" que tão honradamente se formaram em faculdades públicas ou bancaram altas mensalidades para jurarem salvar vidas ("desde que eu possa escolher quais vidas salvar..."). Mas espera, "com 10 mil reais por mês eu não pago o investimento que meu pai (papai) fez na minha carreira, ou com 10 mil reais por mês eu não pago o investimento que fiz na faculdade pública (oi?!?!)".

Ai vamos as ruas contra esse projeto, deixamos os postos de trabalho e os pacientes sem atendimento ("nosso direito é válido")!

O governo não arreda o pé e mantem o projeto, conclusão: 10% das vagas são preenchidas pelos nossos honrados "médicos". "Trabalhar onde o povo precisa? Esqueceu que sou eu quem escolhe os meus pacientes? Não dá pitaco na minha vida profissional, meu papai disse para não me misturar com a gentalha!"

O que fazer agora que as vagas não foram preenchidas?! Chamemos quem quer trabalhar, quem temos bom relacionamento diplomático: Os cubanos!
"Povo feio. Mulheres com cara de empregada doméstica. Vamos vaiá-los? Meu papai disse que isso vai fazer com que a sociedade nos dê razão!"



Engano seu, senhor reacionário de jaleco. O meu país está caminhando, esqueceu? O povo está começando a entender como as coisas funcionam, aceitando mais o social, e o capital, mesmo embora seja um dos pecados, hoje, pelo menos HOJE, não importa!

Companheiros cubanos, hoje eu me envergonho por dizer que sou brasileira, mas ao mesmo tempo me orgulho da grande maioria dos brasileiros que defendem a permanência de vocês no nosso território, que agradece por levar esperança onde o "santo de casa" não teve a capacidade de ir. 

SEJAM BEM VINDOS e que Little Rock nunca mais aconteça, nunca mais!


Perdão por meu país ser tão imaturo, mas acredite, um dia exerceremos nossas funções por amor e não por dinheiro. Quem sabe não são vocês que vão nos ensinar?!





"Little Rock, Estados Unidos, 1957. Estudante Elizabeth Eckford chega para o seu primeiro dia de aula numa escola sem separação racial. Precisou de reforço policial para conseguir entrar.


Fortaleza, Brasil, 2013. Médicos brasileiros brancos e bem nascidos fazem um corredor para vaiar seus colegas cubanos, muitos deles negros, que vieram ao país contratados para atuar em regiões carentes para as quais os brasileiros não querem ir."

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