Rosh Rashaná


Hoje, quinta e sexta feira será comemorado o Ano Novo Judaico, denominado Rosh Rashaná.

Eu sou cristã, no entanto o judaísmo hoje é presente na minha vida profissional e pessoal também. Trabalho num colégio judaico e além das matérias regulares as crianças aprendem e

nsino religioso e cultural do povo hebraico. E eu que não sou nada boba fico de olho só para aprender também!

O Rosh Rashaná é a festividade mais im

portante do povo Hebreu. Para eles Deus criou o homem (Adão) nessa data, então comemora-se o nascimento da humanidade.

No ano de 2010 eles comemoram o ano 5771. E para que o ano seja doce eles costumam se presentear com chocolate, mel e doces. Para que o ano que se inicia seja doce. Comi tanto chocolate essa semana...


Descrição da festa

Rosh Hashana (cabeça do ano) é o Ano Novo Judaico, cuja comemoração oferece aos indivíduos a chance de refletirem, viabilizando-lhes eventuais modificações pessoais. Parece tratar-se de um sonho que se quer atingir - o sonho de um mundo melhor, destituído de maldade, onde viver com as respectivas famílias e amigos torna-se algo verdadeiramente bom e agradável.

Denominado tishrei, o primeiro mês do ano judaico coincide, na maioria das vezes, com os meses de setembro ou outubro, em Israel, período de colheita, no qual o toque do shofar denota seu início.

O aspecto religioso

A partir do primeiro dia de tishrei, começam os Iamim Noraim (Dias Temíveis), denominação atribuída aos dias entre Rosh Hashana e Iom Kipur, que acontecem nos dois primeiros e décimo dias deste mês, respectivamente.

Devido à antiga dificuldade de identificar o início dos meses, ou do ano, por meio de reconhecimento visual da lua nova, rabinos determinaram que Rosh Hashana seria celebrado por dois dias, tanto em Israel como na diáspora.

Ao contrário de outras festividades, Rosh Hashana não

tem caráter agrícola. Sua comemoração destaca a relação do homem com D’us ou, mais especificamente, a aceitação do Reino do Divino, Que conhece e julga cada um de Seus servos.

Trata-se de uma celebração voltada ao regozijo, durante a qual os homens recordam, com receio, seus feitos do ano, pois parte-se do princípio de que todos os atos exigem prestação de contas. O motivo da comemoração de Rosh Hashana compreende três momentos: passado, presente e futuro. O passado remete à Criação (Gênese) do primeiro homem (Adão) e, sendo assim, ao Criador cabe reinar e julgar todos os homens (aniversário da Criação). O presente refere-se à nossa expectativa, frente ao ‘Dia do Julgamento’, e o futuro visa à continuidade da crença e do Reinado de D’us. No ‘Dia do Julga

mento’, as pessoas fazem seus inventários e acredita-se que o Eterno julga e decide o que irá acontecer com cada um, no ano que começa.

O livro de rezas utilizado pelos judeus, durante todo este período, é chamado Machzor, que é uma criação coletiva de sábios judeus, que seguiram o mandamento talmúdico de Iiun Tfila, realizando, assim, uma imensa coletânea de seleções e paráfrases da Bíblia, da Mishna, da Gmara, dos Midrashim e do Zohar. Seu acervo litúrgico conserva o espírito do monoteísmo, expresso em suas orações e é direcionado à penitência e ao arrependimento.

Tshuva significa, tradicionalmente, ‘retorno’: retorno aos valores e às práticas do Judaísmo. Ocorre quando os indivíduos deixam de cometer pecados e determinam, em seu íntimo, que mais não os farão, sendo que esta não se limita às más ações mas, também, aos maus pensamentos.

As pessoas se reúnem para dar boas vindas a um novo ano, celebrar suas promessas, ponderar sobre suas responsabilidades e agradecer por novas oportunidades. No entanto, a decisão Divina, tomada em Rosh Hashana, não é, ainda, a decisão definitiva. Dispomos de dez dias para a introspecção, para o arrependimento das más ações, para nos comprometermos com objetivos importantes e rezarmos pela misericórdia de D’us. Se Rosh Hashana é o ‘Dia do Julgamento’, o Iom Kipur (Dia do Perdão) é o ‘Dia da Sentença’. O período de dez dias entre os dois marcos, incluindo-os, são os Iamim Noraim, considerados os ‘Dez Dias do Arrependimento’.

O estatuto que rege estes dias: Fale aos filhos de Israel, dizendo: No sétimo mês, o primeiro dia do mês será para vocês descanso solene, memorial de toque de shofar, convocação de Santidade. Nenhuma obra servil farão; e oferecerão sacrifício queimado ao Eterno. E falou o Eterno a Moisés, dizendo: ‘O décimo dia deste sétimo mês é o ‘Dia das Expiações’; convocação de Santidade será para vocês, e afligirão suas almas e oferecerão sacrifício queimado ao Eterno”. E nenhuma obra farão neste mesmo dia, porque é ‘Dia das Expiações’,

para expiar por vocês diante do Eterno, seu D’us. Porque toda alma que não se afligir neste mesmo dia será banida de seu povo. E toda alma que fizer alguma obra neste mesmo dia, destruirei aquela alma do meio do seu povo. Nenhuma obra farão; estatuto perpétuo será para suas gerações, em todas as suas habitações. Dia de descanso solene é para vocês, e afligirei suas almas; aos nove dias do mês, à tarde, de uma tarde a outra, celebrarão seu dia de descanso. (Levítico 23; 24- 31,).

Os principais temas das preces de Rosh Hashana e Iom Kipur são: a Majestade de D’us, Criador do universo; a fragilidade do homem e sua dependência da piedade Divina; a tshuva e as boas ações: sua importância na absolvição no julgamento; o sofrimento do povo judeu; o perdão e a confissão dos pecados (Machzor).

Em Iom Kipur, o último desses ‘Dias Temíveis’, quando o sol se põe, o toque do shofar ecoa pelos cantos de todo o universo, anunciando o término do julgamento. Portanto, a sorte dos homens para o ano que se inicia já está selada.

Na religião judaica, o arrependimento, nesse dia, dáse entre o homem e seu Criador e, de acordo com a Lei Judaica, visa ao futuro. Não existe nenhuma forma de confissão perante um ser humano. Confissão é o sussurro de toda uma congregação, feita em uníssono; não é o desabafo dos males de cada um, é a expressão de uma responsabilidade coletiva. O judeu não reza unicamente por seu bem-estar individual, mas por todo o povo, pois sabe que os filhos de Israel são fiadores uns dos outros.



Shaná Tová Umetuká!!!

(Um ano muito doce!)



Fonte: www.renascenca.br

Frei Betto


Frei Betto

 Frei Betto e o MST

Frei Betto e a religião

Frei Betto e o Brasil


Biografia
Autor de 51 livros, editados no Brasil e no exterior, Frei Betto nasceu em Belo Horizonte (MG). Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Frade dominicano e escritor, ganhou em 1982 o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu livro de memórias Batismo de Sangue. Em 1986, foi eleito Intelectual do Ano pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores, que lhe deram o prêmio Juca Pato por sua obra “Fidel e a religião”. Seu livro "A noite em que Jesus nasceu" (Editora Vozes) ganhou o prêmio de "Melhor Obra Infanto-Juvenil" de 1998, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 2005, o júri da Câmara Brasileira do Livro premiou-o mais uma vez com o Jabuti, agora na categoria Crônicas e Contos, pela obra “Típicos Tipos – perfis literários” (Editora A Girafa).
Foi coordenador da ANAMPOS (Articulação Nacional de Movimentos Populares e Sindicais), participou da fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da CMP (Central de Movimentos Populares). Prestou assessoria à Pastoral Operária do ABC (São Paulo), ao Instituto Cidadania (São Paulo) e às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Foi também consultor do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em 2003 e 2004 atuou como Assessor Especial do Presidente da República e coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero. Desde 2007 é membro do Conselho Consultivo da Comissão Justiça e Paz de São Paulo. É sócio fundador do Programa Educação para Todos.
Em 1987, recebeu o prêmio de Direitos Humanos da Fundação Bruno Kreisky, em Viena. Em outubro de 1990, ganhou o prêmio Dom Oscar Romero da Fundação Georg Fritze, concedido por Igrejas protestantes da Alemanha. Destinou-o à Comissão Pró-Central dos Movimentos Populares. Integrou, por cinco anos (1991-1996), o conselho da Fundação Sueca de Direitos Humanos. Em 1992, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) compartilhou com Frei Betto o prêmio The Right Livelihood, conhecido como Prêmio Nobel Aternativo, por sua contribuição à luta por reforma agrária e à construção do MST. Em 20/12/1996, recebeu o Troféu Sucesso Mineiro, da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, dentro das comemorações do centenário da cidade. Na Itália, foi a primeira personalidade brasileira a receber o prêmio Paolo E. Borsellino por seu trabalho em prol dos Direitos Humanos, concedido em maio de 1998. Também em 1998 foi homenageado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro com o Prêmio CREA/RJ de Meio Ambiente, e ganhou a Medalha Chico Mendes de Resistência, concedida pelo Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro por sua luta em prol dos direitos humanos. Prêmio Jabuti, ano 2000, pela obra coletiva Mysterium Creationes - Um olhar interdisciplinar sobre o Universo. No mesmo ano, recebeu do governo de Cuba a Medalha da Solidariedade e dos Conselhos de Psicologia do Brasil o Troféu Paulo Freire de Compromisso Social/2000. Recebeu, em 2004, a “Ordem do Mérito Ministério Público do Distrito Federal e Territórios”. Em maio de 2005, numa iniciativa da UNESCO, Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e jornal Folha Dirigida foi eleito, por voto direto e secreto de um colégio eleitoral de 2.500 pessoas, uma das 13 “Personalidades Cidadania 2005”. Em março de 2006 recebeu, por deliberação unânime da Diretoria Executiva do Instituto Brasileiro de Municipalismo, Cidadania e Gestão (Instituto Cidadão), a Medalha do Mérito Dom Helder Câmara em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à Nação, na preservação e fiscalização da gestão pública moral e legal. Em agosto de 2007 recebeu a Medalha Tiradentes, homenagem prestada pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Em outubro do mesmo ano foi agraciado com o título de Cidadão Honorário de Brasília.
Em maio de 2008, recebeu em Tarragona, na Espanha, o Prêmio Ones - Reconocimiento Internacional Foca Mediterrània, por sua trajetória e ações em prol do meio ambiente e da solidariedade internacional.
No ano seguinte, recebeu o prêmio ALBA de Las Letras em reconhecimento ao conjunto de sua obra literária. A premiação é concedida pela Fundação Cultural da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) a personalidades que consagram sua vida e obra à valorização do patrimônio cultural da América Latina e Caribe com criações originais de todos os gêneros literários.

Ditadura Militar Brasileira
Durante os primeiros anos da ditadura, jovens frades seguidores de São Domingos desempenharam papel importante na resistência às forças armadas. Deram cobertura à Ação Libertadora Nacional (ALN), grupo guerrilheiro comandado por Carlos Marighella - ex-deputado federal e um dos principais opositores do governo. Os frades defendiam que viver o evangelho era integrar-se à comunidade através de práticas sociais concretas, que defendessem os injustiçados. Pagaram alto preço: perseguição, cadeia, tortura e exílio.
Em 1969, os freis Ivo e Fernando foram os primeiros dominicanos a cair. Capturados pela polícia e submetidos a fortes torturas, acabaram forçados a servir de isca e marcar um encontro com Marighella. A emboscada revelou-se um sucesso: após troca de tiros, morreu o líder da ALN.
Frei Tito, então com 24 anos, foi o próximo dominicano colocado atrás das grades, capturado no próprio convento dos dominicanos. Cinco dias depois, frei Betto também foi preso. Estava escondido no Rio Grande do Sul, ajudando opositores do governo a fugirem do país pela fronteira.
Dentre todos esses religiosos, é a história de frei Tito que o filme aborda com mais profundidade. Durante 42 dias, ele foi submetido ao pau-de-arara, a choques elétricos nos ouvidos e genitais, a socos, pauladas, palmatórias e queimaduras de cigarro, entre outras perversidades. Em certa ocasião, foi lhe ordenado que abrisse a boca para receber a "hóstia sagrada" (dois eletrodos com corrente elétrica). Teve a boca queimada a ponto de não conseguir falar. Tentou suicídio nessa época, cortando-se com uma gilete. Os militares, no entanto, o mantiveram vivo e sob tortura psicológica.
Em dezembro de 1970, Tito foi incluído na lista de presos políticos trocados por um embaixador suíço seqüestrado. Partiu para o exílio, passando pelo Chile e pela Itália antes de se estabelecer definitivamente na França. Do Brasil, contudo, Tito não saiu sozinho. Levou consigo a lembrança obsessiva do delegado Sérgio Paranhos Fleury, seu principal algoz nos porões ditadura. Alucinava o espectro de seu torturador e sentia sua presença entre as árvores do convento de La Tourette - onde passou a viver. O delegado lhe dava ordens: não entrar, não deitar, não comer... Tito oscilava entre resistir e obedecer. Em 1974, atormentado por essa realidade, o frade enforcou-se em uma árvore nos arredores do convento.


Ditadura Militar brasileira

Ditadura Militar brasileira

Frei Betto na época da Ditadura Militar brasileira

Julgamento dos dominicanos na Ditadura Militar brasileira, todos condenados a quatro anos de prisão.
Da esquerda para direita, Frei Fernando, Frei Betto, Frei Ivo e Frei Tito.

Filme: Batismo de Sangue
Lançamento: 2007 (Brasil) (França)
Direção: Helvécio Ratton
Atores: Caio Blat, Daniel de Oliveira , Cássio Gabus Mendes , Ângelo Antônio , Léo Quintão , Odilon Esteves
Duração: 110 min
Gênero: Drama
Sinopse: São Paulo, fim dos anos 60. O convento dos frades dominicanos torna-se uma trincheira de resistência à ditadura militar que governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos, os freis Tito (Caio Blat), Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão) e Ivo (Odilon Esteves) passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku Ribas). Eles logo passam a ser vigiados pela polícia e posteriormente são presos, passando por terríveis torturas.

Minhas impressões sobre o filme:
É um dos filmes nacionais que eu mais gosto. O conteúdo apresentado é pesado e isso o torna especial, pois de certa forma não varre para debaixo do tapete todo o sofrimento daquele período. Quando a gente ouve que a ditadura foi violenta logo pensamos na violência física, e o filme Batismo de Sangue mostra a outra violência que esquecemos, a violência psicológica.
Poderia falar muito sobre o filme, mas prefiro que cada um tenha o senso crítico suficiente para tecer uma opinião.
Só para complementar meu comentário, se nada disso bastar para que você assista o filme vale a pena assistir pela atuação de todos os atores, principalmente do ator Caio Blat, comovente não é a palavra certa, mas deixo vocês com ela.

Batismo de Sangue: "Assim externarei as lembranças de um passado sombrio"

Cartaz do filme

Cena do filme: Missa realizada pelos dominicanos dentro da prisão

Cena do filme: Frei Tito após tanta tortura tenta se matar

Cena do filme: Cássio Gabus Mendes interpreta um dos carrascos da Ditadura, o Delegado Fleury

 Cena do filme: Dominicados

Daniel de Oliveira viveu Frei Betto no filme

Caio Blat viveu Frei Tito no filme

Fonte:
Site do Frei Betto (Indicadíssimo!)



Rosh Rashaná


Hoje, quinta e sexta feira será comemorado o Ano Novo Judaico, denominado Rosh Rashaná.

Eu sou cristã, no entanto o judaísmo hoje é presente na minha vida profissional e pessoal também. Trabalho num colégio judaico e além das matérias regulares as crianças aprendem e

nsino religioso e cultural do povo hebraico. E eu que não sou nada boba fico de olho só para aprender também!

O Rosh Rashaná é a festividade mais im

portante do povo Hebreu. Para eles Deus criou o homem (Adão) nessa data, então comemora-se o nascimento da humanidade.

No ano de 2010 eles comemoram o ano 5771. E para que o ano seja doce eles costumam se presentear com chocolate, mel e doces. Para que o ano que se inicia seja doce. Comi tanto chocolate essa semana...


Descrição da festa

Rosh Hashana (cabeça do ano) é o Ano Novo Judaico, cuja comemoração oferece aos indivíduos a chance de refletirem, viabilizando-lhes eventuais modificações pessoais. Parece tratar-se de um sonho que se quer atingir - o sonho de um mundo melhor, destituído de maldade, onde viver com as respectivas famílias e amigos torna-se algo verdadeiramente bom e agradável.

Denominado tishrei, o primeiro mês do ano judaico coincide, na maioria das vezes, com os meses de setembro ou outubro, em Israel, período de colheita, no qual o toque do shofar denota seu início.

O aspecto religioso

A partir do primeiro dia de tishrei, começam os Iamim Noraim (Dias Temíveis), denominação atribuída aos dias entre Rosh Hashana e Iom Kipur, que acontecem nos dois primeiros e décimo dias deste mês, respectivamente.

Devido à antiga dificuldade de identificar o início dos meses, ou do ano, por meio de reconhecimento visual da lua nova, rabinos determinaram que Rosh Hashana seria celebrado por dois dias, tanto em Israel como na diáspora.

Ao contrário de outras festividades, Rosh Hashana não

tem caráter agrícola. Sua comemoração destaca a relação do homem com D’us ou, mais especificamente, a aceitação do Reino do Divino, Que conhece e julga cada um de Seus servos.

Trata-se de uma celebração voltada ao regozijo, durante a qual os homens recordam, com receio, seus feitos do ano, pois parte-se do princípio de que todos os atos exigem prestação de contas. O motivo da comemoração de Rosh Hashana compreende três momentos: passado, presente e futuro. O passado remete à Criação (Gênese) do primeiro homem (Adão) e, sendo assim, ao Criador cabe reinar e julgar todos os homens (aniversário da Criação). O presente refere-se à nossa expectativa, frente ao ‘Dia do Julgamento’, e o futuro visa à continuidade da crença e do Reinado de D’us. No ‘Dia do Julga

mento’, as pessoas fazem seus inventários e acredita-se que o Eterno julga e decide o que irá acontecer com cada um, no ano que começa.

O livro de rezas utilizado pelos judeus, durante todo este período, é chamado Machzor, que é uma criação coletiva de sábios judeus, que seguiram o mandamento talmúdico de Iiun Tfila, realizando, assim, uma imensa coletânea de seleções e paráfrases da Bíblia, da Mishna, da Gmara, dos Midrashim e do Zohar. Seu acervo litúrgico conserva o espírito do monoteísmo, expresso em suas orações e é direcionado à penitência e ao arrependimento.

Tshuva significa, tradicionalmente, ‘retorno’: retorno aos valores e às práticas do Judaísmo. Ocorre quando os indivíduos deixam de cometer pecados e determinam, em seu íntimo, que mais não os farão, sendo que esta não se limita às más ações mas, também, aos maus pensamentos.

As pessoas se reúnem para dar boas vindas a um novo ano, celebrar suas promessas, ponderar sobre suas responsabilidades e agradecer por novas oportunidades. No entanto, a decisão Divina, tomada em Rosh Hashana, não é, ainda, a decisão definitiva. Dispomos de dez dias para a introspecção, para o arrependimento das más ações, para nos comprometermos com objetivos importantes e rezarmos pela misericórdia de D’us. Se Rosh Hashana é o ‘Dia do Julgamento’, o Iom Kipur (Dia do Perdão) é o ‘Dia da Sentença’. O período de dez dias entre os dois marcos, incluindo-os, são os Iamim Noraim, considerados os ‘Dez Dias do Arrependimento’.

O estatuto que rege estes dias: Fale aos filhos de Israel, dizendo: No sétimo mês, o primeiro dia do mês será para vocês descanso solene, memorial de toque de shofar, convocação de Santidade. Nenhuma obra servil farão; e oferecerão sacrifício queimado ao Eterno. E falou o Eterno a Moisés, dizendo: ‘O décimo dia deste sétimo mês é o ‘Dia das Expiações’; convocação de Santidade será para vocês, e afligirão suas almas e oferecerão sacrifício queimado ao Eterno”. E nenhuma obra farão neste mesmo dia, porque é ‘Dia das Expiações’,

para expiar por vocês diante do Eterno, seu D’us. Porque toda alma que não se afligir neste mesmo dia será banida de seu povo. E toda alma que fizer alguma obra neste mesmo dia, destruirei aquela alma do meio do seu povo. Nenhuma obra farão; estatuto perpétuo será para suas gerações, em todas as suas habitações. Dia de descanso solene é para vocês, e afligirei suas almas; aos nove dias do mês, à tarde, de uma tarde a outra, celebrarão seu dia de descanso. (Levítico 23; 24- 31,).

Os principais temas das preces de Rosh Hashana e Iom Kipur são: a Majestade de D’us, Criador do universo; a fragilidade do homem e sua dependência da piedade Divina; a tshuva e as boas ações: sua importância na absolvição no julgamento; o sofrimento do povo judeu; o perdão e a confissão dos pecados (Machzor).

Em Iom Kipur, o último desses ‘Dias Temíveis’, quando o sol se põe, o toque do shofar ecoa pelos cantos de todo o universo, anunciando o término do julgamento. Portanto, a sorte dos homens para o ano que se inicia já está selada.

Na religião judaica, o arrependimento, nesse dia, dáse entre o homem e seu Criador e, de acordo com a Lei Judaica, visa ao futuro. Não existe nenhuma forma de confissão perante um ser humano. Confissão é o sussurro de toda uma congregação, feita em uníssono; não é o desabafo dos males de cada um, é a expressão de uma responsabilidade coletiva. O judeu não reza unicamente por seu bem-estar individual, mas por todo o povo, pois sabe que os filhos de Israel são fiadores uns dos outros.



Shaná Tová Umetuká!!!

(Um ano muito doce!)



Fonte: www.renascenca.br

Frei Betto


Frei Betto

 Frei Betto e o MST

Frei Betto e a religião

Frei Betto e o Brasil


Biografia
Autor de 51 livros, editados no Brasil e no exterior, Frei Betto nasceu em Belo Horizonte (MG). Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Frade dominicano e escritor, ganhou em 1982 o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu livro de memórias Batismo de Sangue. Em 1986, foi eleito Intelectual do Ano pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores, que lhe deram o prêmio Juca Pato por sua obra “Fidel e a religião”. Seu livro "A noite em que Jesus nasceu" (Editora Vozes) ganhou o prêmio de "Melhor Obra Infanto-Juvenil" de 1998, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 2005, o júri da Câmara Brasileira do Livro premiou-o mais uma vez com o Jabuti, agora na categoria Crônicas e Contos, pela obra “Típicos Tipos – perfis literários” (Editora A Girafa).
Foi coordenador da ANAMPOS (Articulação Nacional de Movimentos Populares e Sindicais), participou da fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da CMP (Central de Movimentos Populares). Prestou assessoria à Pastoral Operária do ABC (São Paulo), ao Instituto Cidadania (São Paulo) e às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Foi também consultor do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em 2003 e 2004 atuou como Assessor Especial do Presidente da República e coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero. Desde 2007 é membro do Conselho Consultivo da Comissão Justiça e Paz de São Paulo. É sócio fundador do Programa Educação para Todos.
Em 1987, recebeu o prêmio de Direitos Humanos da Fundação Bruno Kreisky, em Viena. Em outubro de 1990, ganhou o prêmio Dom Oscar Romero da Fundação Georg Fritze, concedido por Igrejas protestantes da Alemanha. Destinou-o à Comissão Pró-Central dos Movimentos Populares. Integrou, por cinco anos (1991-1996), o conselho da Fundação Sueca de Direitos Humanos. Em 1992, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) compartilhou com Frei Betto o prêmio The Right Livelihood, conhecido como Prêmio Nobel Aternativo, por sua contribuição à luta por reforma agrária e à construção do MST. Em 20/12/1996, recebeu o Troféu Sucesso Mineiro, da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, dentro das comemorações do centenário da cidade. Na Itália, foi a primeira personalidade brasileira a receber o prêmio Paolo E. Borsellino por seu trabalho em prol dos Direitos Humanos, concedido em maio de 1998. Também em 1998 foi homenageado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro com o Prêmio CREA/RJ de Meio Ambiente, e ganhou a Medalha Chico Mendes de Resistência, concedida pelo Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro por sua luta em prol dos direitos humanos. Prêmio Jabuti, ano 2000, pela obra coletiva Mysterium Creationes - Um olhar interdisciplinar sobre o Universo. No mesmo ano, recebeu do governo de Cuba a Medalha da Solidariedade e dos Conselhos de Psicologia do Brasil o Troféu Paulo Freire de Compromisso Social/2000. Recebeu, em 2004, a “Ordem do Mérito Ministério Público do Distrito Federal e Territórios”. Em maio de 2005, numa iniciativa da UNESCO, Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e jornal Folha Dirigida foi eleito, por voto direto e secreto de um colégio eleitoral de 2.500 pessoas, uma das 13 “Personalidades Cidadania 2005”. Em março de 2006 recebeu, por deliberação unânime da Diretoria Executiva do Instituto Brasileiro de Municipalismo, Cidadania e Gestão (Instituto Cidadão), a Medalha do Mérito Dom Helder Câmara em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à Nação, na preservação e fiscalização da gestão pública moral e legal. Em agosto de 2007 recebeu a Medalha Tiradentes, homenagem prestada pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Em outubro do mesmo ano foi agraciado com o título de Cidadão Honorário de Brasília.
Em maio de 2008, recebeu em Tarragona, na Espanha, o Prêmio Ones - Reconocimiento Internacional Foca Mediterrània, por sua trajetória e ações em prol do meio ambiente e da solidariedade internacional.
No ano seguinte, recebeu o prêmio ALBA de Las Letras em reconhecimento ao conjunto de sua obra literária. A premiação é concedida pela Fundação Cultural da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) a personalidades que consagram sua vida e obra à valorização do patrimônio cultural da América Latina e Caribe com criações originais de todos os gêneros literários.

Ditadura Militar Brasileira
Durante os primeiros anos da ditadura, jovens frades seguidores de São Domingos desempenharam papel importante na resistência às forças armadas. Deram cobertura à Ação Libertadora Nacional (ALN), grupo guerrilheiro comandado por Carlos Marighella - ex-deputado federal e um dos principais opositores do governo. Os frades defendiam que viver o evangelho era integrar-se à comunidade através de práticas sociais concretas, que defendessem os injustiçados. Pagaram alto preço: perseguição, cadeia, tortura e exílio.
Em 1969, os freis Ivo e Fernando foram os primeiros dominicanos a cair. Capturados pela polícia e submetidos a fortes torturas, acabaram forçados a servir de isca e marcar um encontro com Marighella. A emboscada revelou-se um sucesso: após troca de tiros, morreu o líder da ALN.
Frei Tito, então com 24 anos, foi o próximo dominicano colocado atrás das grades, capturado no próprio convento dos dominicanos. Cinco dias depois, frei Betto também foi preso. Estava escondido no Rio Grande do Sul, ajudando opositores do governo a fugirem do país pela fronteira.
Dentre todos esses religiosos, é a história de frei Tito que o filme aborda com mais profundidade. Durante 42 dias, ele foi submetido ao pau-de-arara, a choques elétricos nos ouvidos e genitais, a socos, pauladas, palmatórias e queimaduras de cigarro, entre outras perversidades. Em certa ocasião, foi lhe ordenado que abrisse a boca para receber a "hóstia sagrada" (dois eletrodos com corrente elétrica). Teve a boca queimada a ponto de não conseguir falar. Tentou suicídio nessa época, cortando-se com uma gilete. Os militares, no entanto, o mantiveram vivo e sob tortura psicológica.
Em dezembro de 1970, Tito foi incluído na lista de presos políticos trocados por um embaixador suíço seqüestrado. Partiu para o exílio, passando pelo Chile e pela Itália antes de se estabelecer definitivamente na França. Do Brasil, contudo, Tito não saiu sozinho. Levou consigo a lembrança obsessiva do delegado Sérgio Paranhos Fleury, seu principal algoz nos porões ditadura. Alucinava o espectro de seu torturador e sentia sua presença entre as árvores do convento de La Tourette - onde passou a viver. O delegado lhe dava ordens: não entrar, não deitar, não comer... Tito oscilava entre resistir e obedecer. Em 1974, atormentado por essa realidade, o frade enforcou-se em uma árvore nos arredores do convento.


Ditadura Militar brasileira

Ditadura Militar brasileira

Frei Betto na época da Ditadura Militar brasileira

Julgamento dos dominicanos na Ditadura Militar brasileira, todos condenados a quatro anos de prisão.
Da esquerda para direita, Frei Fernando, Frei Betto, Frei Ivo e Frei Tito.

Filme: Batismo de Sangue
Lançamento: 2007 (Brasil) (França)
Direção: Helvécio Ratton
Atores: Caio Blat, Daniel de Oliveira , Cássio Gabus Mendes , Ângelo Antônio , Léo Quintão , Odilon Esteves
Duração: 110 min
Gênero: Drama
Sinopse: São Paulo, fim dos anos 60. O convento dos frades dominicanos torna-se uma trincheira de resistência à ditadura militar que governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos, os freis Tito (Caio Blat), Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão) e Ivo (Odilon Esteves) passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku Ribas). Eles logo passam a ser vigiados pela polícia e posteriormente são presos, passando por terríveis torturas.

Minhas impressões sobre o filme:
É um dos filmes nacionais que eu mais gosto. O conteúdo apresentado é pesado e isso o torna especial, pois de certa forma não varre para debaixo do tapete todo o sofrimento daquele período. Quando a gente ouve que a ditadura foi violenta logo pensamos na violência física, e o filme Batismo de Sangue mostra a outra violência que esquecemos, a violência psicológica.
Poderia falar muito sobre o filme, mas prefiro que cada um tenha o senso crítico suficiente para tecer uma opinião.
Só para complementar meu comentário, se nada disso bastar para que você assista o filme vale a pena assistir pela atuação de todos os atores, principalmente do ator Caio Blat, comovente não é a palavra certa, mas deixo vocês com ela.

Batismo de Sangue: "Assim externarei as lembranças de um passado sombrio"

Cartaz do filme

Cena do filme: Missa realizada pelos dominicanos dentro da prisão

Cena do filme: Frei Tito após tanta tortura tenta se matar

Cena do filme: Cássio Gabus Mendes interpreta um dos carrascos da Ditadura, o Delegado Fleury

 Cena do filme: Dominicados

Daniel de Oliveira viveu Frei Betto no filme

Caio Blat viveu Frei Tito no filme

Fonte:
Site do Frei Betto (Indicadíssimo!)



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