Esse feriado é nosso!

Paulista adora um feriado, não é mesmo? E lá vamos nós enfrentar o trânsito, ai chegamos na praia esta tudo cheio, no fim nos cansamos mais do que se estivéssemos ficado em casa. Feriado prolongado então é o sonho de cada um. Só não admitimos uma coisa, feriados que caiam no fim de semana, não é justo.

Hoje, dia 9 de julho, é feriado em todo o Estado de São Paulo, no entanto esse feriado passará despercebido, pois hoje é sábado. Entretanto nenhum outro feriado tem significado na memória paulistana como o feriado da Revolução constitucionalista de 1932 e como historiadora louvo essa data e gostaria que vocês também o fizessem, em memória de todos que lutaram.

A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um dos mais importantes acontecimentos da história política brasileira ocorridos no Governo Provisório de Getúlio Vargas. Um movimento armado ocorrido entre julho e outubro de 1932 e tinha por objetivo derrubar o governo do então presidente Getúlio Vargas que havia subido ao poder através do golpe de 1930. Mesmo tendo um governo provisório Vargas detinha grandes poderes e se utilizando deles fechou o Congresso Nacional, aboliu a constituição e não respeitando a autonomia de São Paulo, nomeou um Interventor de fora designado para manter a ordem e informar a situação ao presidente Vargas, não conservando o Presidente paulista (naquela época os governadores eram denominados Presidentes, ainda bem que a política nesse ponto mudou, se bem que hoje, nós paulistas, vivemos quase em uma monarquia tucana... divergências políticas a parte, voltemos a história). Essas atitudes não foram aceitas pelos paulistas, sobretudo os dirigentes do Partido Republicano Paulista (PRP), que não se conformavam com o fato de São Paulo estar sendo comandada por um "estranho".

No dia 25 de janeiro de 1932, aniversário da cidade, houve um imenso comício na Praça da Sé. Partidos políticos que eram rivais estavam unidos e o descontentamento da população diante desses fatos foi aumentando e o povo se revoltou.

Em 22 e 23 de maio, estudantes e populares queimaram e empastelaram as redações dos jornais aliados a Vargas e, nesse conflito, foram mortos quatro estudantes de Direito: Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo. O nome dos quatro serviu para no futuro designar o movimento paulista: MMDC. O primeiro a morrer foi Camargo, justamente o estudante que era casado e pai de três filhos. E ainda hoje o nome deles é lembrado. No centro de São Paulo há uma rua que leva o nome de “MMDC”.

A idéia de revolução tomou conta de todos, sem distinção de classe social. São Paulo estava confiante da vitória, pois contava com o apoio dos militares de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Mas somente Mato Grosso manteve-se leal a SP e ainda hoje os paulistas lembram dessa “traição” de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, por muito tempo eles não foram bem vindos em nosso Estado. O comandante da Revolução era o general Isidoro Dias Lopes, apoiado fortemente pelo contingente de Mato Grosso, comandado pelo general Bertoldo Klinger.

No dia 9 de julho de 1932, o Interventor designado pelo governo nacional, Pedro de Toledo telegrafou ao ditador Getúlio Vargas com a seguinte mensagem: "Esgotados os meios que ao meu alcance estiveram para evitar o movimento que acaba de se verificar na guarnição desta Região ao qual aderiu o povo paulista, não me foi possível caminhar ao revés dos sentimentos do meu povo". Começava a Revolução Constitucionalista. Hoje uma das principais vias de São Paulo leva o nome do levante “Avenida Nove de Julho”.

Todo os setores da sociedade paulistana enfrentaram o governo nacional. Pegaram em armas intelectuais, industriais, estudantes e outros segmentos das camadas médias, políticos ligados à República Velha ou ao Partido Democrático. O que os movia era principalmente a luta anti-ditatorial.

O levante se estendeu até o dia 2 de outubro de 1932, quando os revolucionários perderam para as tropas do governo. Mais de 35 mil paulistas lutaram contra 100 mil soldados de Getúlio Vargas. Cerca de 890 pessoas morreram nos combates. Getúlio Vargas permaneceu no poder até 1945, em 1951 voltou ao poder eleito presidente e se suicidou em 1954, mas já em 1934 era promulgada uma nova Constituição dando início a um processo de democratização. Sinal de que o sangue paulista não foi derramado em vão.

Hoje São Paulo se orgulha de não ter aceitado a nova situação política daquele período e eu me orgulho de ser paulistana. Hoje exaltamos nossos heróis, não em um dia a mais de descanso, mas sim em um dia de memória aos paulistanos. E em São Paulo não há sequer um beco com o nome de Getúlio Vargas.

Esse feriado é nosso!

Paulista adora um feriado, não é mesmo? E lá vamos nós enfrentar o trânsito, ai chegamos na praia esta tudo cheio, no fim nos cansamos mais do que se estivéssemos ficado em casa. Feriado prolongado então é o sonho de cada um. Só não admitimos uma coisa, feriados que caiam no fim de semana, não é justo.

Hoje, dia 9 de julho, é feriado em todo o Estado de São Paulo, no entanto esse feriado passará despercebido, pois hoje é sábado. Entretanto nenhum outro feriado tem significado na memória paulistana como o feriado da Revolução constitucionalista de 1932 e como historiadora louvo essa data e gostaria que vocês também o fizessem, em memória de todos que lutaram.

A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um dos mais importantes acontecimentos da história política brasileira ocorridos no Governo Provisório de Getúlio Vargas. Um movimento armado ocorrido entre julho e outubro de 1932 e tinha por objetivo derrubar o governo do então presidente Getúlio Vargas que havia subido ao poder através do golpe de 1930. Mesmo tendo um governo provisório Vargas detinha grandes poderes e se utilizando deles fechou o Congresso Nacional, aboliu a constituição e não respeitando a autonomia de São Paulo, nomeou um Interventor de fora designado para manter a ordem e informar a situação ao presidente Vargas, não conservando o Presidente paulista (naquela época os governadores eram denominados Presidentes, ainda bem que a política nesse ponto mudou, se bem que hoje, nós paulistas, vivemos quase em uma monarquia tucana... divergências políticas a parte, voltemos a história). Essas atitudes não foram aceitas pelos paulistas, sobretudo os dirigentes do Partido Republicano Paulista (PRP), que não se conformavam com o fato de São Paulo estar sendo comandada por um "estranho".

No dia 25 de janeiro de 1932, aniversário da cidade, houve um imenso comício na Praça da Sé. Partidos políticos que eram rivais estavam unidos e o descontentamento da população diante desses fatos foi aumentando e o povo se revoltou.

Em 22 e 23 de maio, estudantes e populares queimaram e empastelaram as redações dos jornais aliados a Vargas e, nesse conflito, foram mortos quatro estudantes de Direito: Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo. O nome dos quatro serviu para no futuro designar o movimento paulista: MMDC. O primeiro a morrer foi Camargo, justamente o estudante que era casado e pai de três filhos. E ainda hoje o nome deles é lembrado. No centro de São Paulo há uma rua que leva o nome de “MMDC”.

A idéia de revolução tomou conta de todos, sem distinção de classe social. São Paulo estava confiante da vitória, pois contava com o apoio dos militares de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Mas somente Mato Grosso manteve-se leal a SP e ainda hoje os paulistas lembram dessa “traição” de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, por muito tempo eles não foram bem vindos em nosso Estado. O comandante da Revolução era o general Isidoro Dias Lopes, apoiado fortemente pelo contingente de Mato Grosso, comandado pelo general Bertoldo Klinger.

No dia 9 de julho de 1932, o Interventor designado pelo governo nacional, Pedro de Toledo telegrafou ao ditador Getúlio Vargas com a seguinte mensagem: "Esgotados os meios que ao meu alcance estiveram para evitar o movimento que acaba de se verificar na guarnição desta Região ao qual aderiu o povo paulista, não me foi possível caminhar ao revés dos sentimentos do meu povo". Começava a Revolução Constitucionalista. Hoje uma das principais vias de São Paulo leva o nome do levante “Avenida Nove de Julho”.

Todo os setores da sociedade paulistana enfrentaram o governo nacional. Pegaram em armas intelectuais, industriais, estudantes e outros segmentos das camadas médias, políticos ligados à República Velha ou ao Partido Democrático. O que os movia era principalmente a luta anti-ditatorial.

O levante se estendeu até o dia 2 de outubro de 1932, quando os revolucionários perderam para as tropas do governo. Mais de 35 mil paulistas lutaram contra 100 mil soldados de Getúlio Vargas. Cerca de 890 pessoas morreram nos combates. Getúlio Vargas permaneceu no poder até 1945, em 1951 voltou ao poder eleito presidente e se suicidou em 1954, mas já em 1934 era promulgada uma nova Constituição dando início a um processo de democratização. Sinal de que o sangue paulista não foi derramado em vão.

Hoje São Paulo se orgulha de não ter aceitado a nova situação política daquele período e eu me orgulho de ser paulistana. Hoje exaltamos nossos heróis, não em um dia a mais de descanso, mas sim em um dia de memória aos paulistanos. E em São Paulo não há sequer um beco com o nome de Getúlio Vargas.

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