É HOJE!


Hoje! 

Não é só mais um dia. É Hoje!
E eu queria o hoje nem existisse. Que o Hoje tivesse sido em 5 de outubro de 2014. Mas se temos que conviver com ele, que seja da melhor forma.
Não é medo, ou talvez até seja. Mas não esse medo da derrota que alguns tem, afinal para mim não é um campeonato, pois se fosse no ano que vem eu teria a chance de novo. O meu medo vai além da derrota, aliás eu lido bem com ela há 20 anos aqui em SP. O meu medo é o ódio. Desenfreado, de tudo, de todos, do mundo... Aliás, apenas uma parcela do mundo. A parcela do mundo chamado Brasil que nos últimos 12 anos conquistou sua dignidade. Conquista essa exaltada mundo a fora, mas não aqui. Saímos do mapa da fome! “Mas e daí se a bolsa de valores só cai?! Temos fome de dólar e esse só aumenta!” ... Tivemos a menor taxa de desemprego registrada na história! “Mas e daí se a oscilação do mercado está assustadora?” ... Tiramos 30 milhões de pessoas da miséria! “Ah, disso eu entendo bem! Minha empregada se recusa a trabalhar. Onde já se viu, fica recebendo essas ‘bolsas-esmolas’ do governo e não quer mais trabalhar por R$ 500,00 por mês. E olha que eu pago bem... por que a Cristina Josefina de Alburquerque Noronha paga apenas...” Ahhh! Estou cansada!
Faz dias que não durmo direito. Faz dias que não penso em outra coisa. Já fui chamada de doente, que estou viciada, paranoica, que nada do que fizer salvará o mundo, que sou apenas uma. Mas um conforto foi descobrir que não sou apenas UMA. Somos milhares. Uma onda vermelha que está indo longe. 
Foram meses de angústia e a cada dia eu esperada mais e mais pelo dia de hoje, pois ele decidiria o curso da minha vida e de todos os brasileiros. Quisera que todos entendessem dessa forma. Que não fosse uma disputa de um campeonato entre o time Vermelho x time Azul, mas que fosse uma disputa por ideologias, disputa por um Brasil melhor. Mas infelizmente o processo eleitoral transformou-se em uma grande luta de classes, em um concurso de ofensas gratuitas. Falando em ofensas, eu fui ofendida, como fui. “Bandida, corrupta, suja, mal caráter, inconveniente,  mal informada, burra, sofro de cegueira partidária, vivo em outro mundo...” e por ai vai. E tudo por levantar uma bandeira, a bandeira vermelha. E saibam, onde ela estiver é onde eu estarei. 
Não voto em corrupto! Voto em quem deu oportunidades para o povo, oportunidades essas que lhe foram negadas por outros. Voto pelos direitos, voto pela democracia. Voto por mim e por todos meus alunos. Voto até para você que está discordando do texto. “Você não ganhará nada por isso!” Eu ganho! Eu ganho um futuro para mim, para os meus alunos, para quem não tem nada, para quem não tem voz. “E caso não ganhe amanhã...?” No seu campeonato posso perder, mas na minha convicção, NUNCA!
Amanhã vou de 13, como sempre fui na minha vida. Defenderei um número, uma cor, uma sigla e um nome: Dilma! Pois com ela conheci sorrisos onde havia tristeza. Conheci saciedade onde havia fome. Lar onde não havia nada. Futuro onde havia a dúvida. Conheci o negro e pobre como médico. Conheci a vitória onde só havia desespero. E hoje conheceremos o amor onde, até então, só havia o ódio! 
Confiança! É com ela que irei me vestir hoje!





13 de agosto...


13 de agosto de 2014...
E até o clima do dia está colaborando para a melancolia que ele se transformou.
Um dia triste por perdas trágicas. Temos falado muito do Eduardo Campos, mas esquecemos que sua equipe que estava com ele no avião, que também tem família e que ela está sofrendo igualmente.
Eu esperava que essa eleição fosse suja, desonesta, como já vimos anteriormente, mas nunca poderia imaginar algo do tipo. E agora vejo o partido e a coligação se degladiando nos bastidores pelo posto deixado. Vejo a mídia insensível cercando os familiares em busca do "furo", ignorando completamente os seus sentimentos e o momento que tem que lhe ser dado. Vejo a ignorância de quem usa a Rede Social  para disseminar seu ódio, e aparentemente vive a espera de um fato ruim para usá-lo como forma de denegrir a imagem de alguém. Vejo a insensibilidade de quem não tem respeito pela dor e utiliza a dor para fazer piada.
Vejo que a morte de Eduardo Campos ser usada como campanha de ódio e sei que verei, em um futuro próximo, que ela será também usada como campanha de marketing.
É triste como quanto mais nos tornamos "populares" em um mundo de faz de conta, como é uma Rede Social, mais insensíveis e cruéis ficamos... na mesma proporção.
Que esse dia não seja esquecido, assim como o legado do Eduardo Campos não seja. E mesmo eu não concordando com ele politicamente eu sinto dor. Mais aguda do que deveria ser. Que ele possa descansar e que seu nome esteja ligado ao seu legado e não as conspirações absurdas que estão surgindo.
Tenho medo do nosso futuro ser de solidão. Que monitores se tornem cada vez mais escudos da nossa ignorância e teclados armas do nosso ódio.

A Copa das Copas!

Adoro futebol, afinal nasci em um lar de homens loucos por futebol. Corinthiana chata e orgulhosa, daquela que vai ao estádio e fala palavrão (não me orgulho disso, mas você já foi ao estádio?). Lá em casa não gostamos só do nosso clube, somos amantes do futebol.
Quando o Brasil foi escolhido para ser a sede da Copa do mundo eu vibrei e até fiz planos de assistir no estádio a pelo menos um dos jogos do mundial, e quando o preço dos ingressos foram divulgados decidi assistir os jogos da poltrona aqui de casa mesmo, não necessariamente pelo valor que seria justo, mas na atual situação de “vida nova” fiquei impossibilitada. Minha torcida não seria menor por isso.
Não fiz coro contra a Copa, em momento nenhum. Quando os grandes slogans “Imagina na Copa” e “É esse o país da Copa” começaram a pipocar nas redes sociais percebi que era só mais um coro inútil e fiz chacota com eles (e como!), assim como as manifestações contra o Mundial que pipocavam nas ruas. Vou confessar, estava temerosa com o que poderia ser dito do nosso país, principalmente por conta do momento político que estamos vivendo, mas sabia que aquela seria a Copa das Copas. Não podíamos falhar. Juntos, fizemos toques, lançamentos, defesas espetaculares e toques de letra. Mas tivemos bolas foras e a pior delas foi o insulto vergonhoso perante o mundo todo que fizeram contra a nossa Chefe da nação, aquela que sempre acreditou e seguiu com o mantra de que seria essa a Copa da Copa. A presidente Dilma, naquele palanque, não só representava a figura administrativa da nação, ela era uma torcedora que assistia aflita ao lado da sua filha o desempenho da Seleção, esqueceram que ela é uma mulher, e sofreu demais para permitir a liberdade de expressão, que nesse caso se voltou contra ela. No instante em que os insultos tomaram conta da Arena Corinthians eu tomei as dores e parti em defesa, comprei briga com “intelectuais” da grande mídia, me senti no dever de alertar com relação ao ato deplorável e vergonhoso que vinha da área VIP do estádio, local onde os “intelectuais” guardavam seus postos comprados (R$ 900,00) ou presenteados. E fui ofendida, tanto quanto a presidente. Mas resisti, com chacotas (sou boa nisso). Devolvia a ofensa com humor, e na mesma medida das ofensas vieram elogios e incentivos pela minha “coragem”. Me senti bem, e sabia que a redenção viria em breve, e de fato ela veio. Hoje 03 de julho de 2014 um dos órgãos de pesquisa revelou resultados de uma pesquisa sobre intenção de voto, avaliação do governo, aceitação da Copa e qual a opinião sobre os insultos contra a Presidente e esse último apontou que 76% da população considerou VERGONHOSO! E os outros 24? Lembrem-se, temos a ala VIP no nosso país!
A Copa está provando o potencial do Brasil ao mundo, mas principalmente está provando ao brasileiro que somos sim tão capazes quanto o resto do mundo. Não somos só capazes com uma bola no pé. Temos o potencial de promovermos uma linda festa verde e amarela, voltar os olhos do mundo para nós e fazermos sim A COPA DAS COPAS. Acredito que a nossa síndrome do Vira-lata será erradicada depois do dia 13 de julho, fomos vacinados. Duvida? Com esse problema resolvido podemos nos dedicar a outros que assolam a nossa sociedade, como por exemplo:  o desconhecimento de que o Brasil possui outros partidos políticos além do PT; Que o nosso sistema governamental se divide em três poderes (legislativo, executivo e judiciário) e cada um deles possui as suas próprias demandas e responsabilidades; Que “Eu resolvo na urna” e votar nulo não resolve nada; Que ler e abrir a mente para novas idéias lhe deixará mais propício ao diálogo e entendimento; e insultar ou usar o CAPS LOCK quando não houver argumento não vale de argumento.
E a nossa mídia? Ontem incentivava os slogans pessimistas. Hoje ela faz matérias mostrando que os torcedores se renderam ao Mundial. Que hoje a aceitação da Copa é maior e nos orgulhamos dessa festa. Os torcedores estão arrependidos? Sei!
Como eu disse no começo desse texto eu amo futebol e chorei e sofri demais no jogo contra o Chile, mas como sou corinthiana (se não for sofrido, não é Corinthians) estou acostumada com o sofrimento, mas amanhã (04 de julho) contra a Colômbia poderia ser um pouco mais tranquilo, vamos guardar nosso sofrimento, afinal a Argentina está na mira. Independente do resultado continuarei brasileira, me orgulhando dessa Pátria mãe gentil, que recebeu o mundo todo e aos pouco (eu acredito) está começando a se receber, se aceitar. Continuarei defendendo o que acredito, e comprando brigas, mesmo que virtuais, pelo que considero correto. Não baixarei minha guarda! Tenho exemplos dignos que não abaixam a cabeça e nem se abalam diante de um do ódio irracional de um estádio lotado.
E por fim, lhe convido a assistir esse belíssimo depoimento do ator José de Abreu para mãe da Paula, avó do Gabriel, Dilma Rousseff!



Não nos calaremos!

Nunca tivemos muito direito ao barulho, mas quando o mais absoluto silêncio se fez, trouxe com ele uma escuridão nunca antes vista.
Ele veio marchando de madrugada, sorrateiro e covarde. Tirou de nós a luz vermelha, aquela que há tempos desejávamos, que iria dar da terra o nosso futuro. Colocou uma mordaça em quem nos defendia e lançou seu véu negro sobre toda uma nação.
Aos poucos o silêncio foi se alastrando, e a escuridão nos devorando. Vendaram nossos olhos (livros terroristas), tamparam nossos ouvidos (mídia aliada) e calaram de vez nossa voz. Mas resistimos. Houveram muitos que lutaram. Soltaram a voz! Diziam que apesar da escuridão o amanhã seria um novo dia. Heróis!
No entanto tantas vozes se calaram, de vez. E essas emudeceram a murros, pontapés, tapas, choques, afogamentos... Ah! Se pudessem ouvir o que essas voz queriam dizer. Mas não houve chance para tal. O silêncio era a sentença. E para as mães, pais, irmãs, irmãos, filhos, filhas, mulheres, maridos e companheiros, para eles sobram apenas os lamentos, também silenciosos.
E quem sobreviveu a esse silêncio, aquele mais profundo vindo diretamente dos porões, hoje é perseguido por vozes, dolorosas vozes, que os assombra por toda vida.

E a nós cabe gritar aos ventos, a plenos pulmões, as dores e agonias desse período que ainda hoje nos ronda, para que aos desavisados seja dito: SILÊNCIO NUNCA MAIS!

É HOJE!


Hoje! 

Não é só mais um dia. É Hoje!
E eu queria o hoje nem existisse. Que o Hoje tivesse sido em 5 de outubro de 2014. Mas se temos que conviver com ele, que seja da melhor forma.
Não é medo, ou talvez até seja. Mas não esse medo da derrota que alguns tem, afinal para mim não é um campeonato, pois se fosse no ano que vem eu teria a chance de novo. O meu medo vai além da derrota, aliás eu lido bem com ela há 20 anos aqui em SP. O meu medo é o ódio. Desenfreado, de tudo, de todos, do mundo... Aliás, apenas uma parcela do mundo. A parcela do mundo chamado Brasil que nos últimos 12 anos conquistou sua dignidade. Conquista essa exaltada mundo a fora, mas não aqui. Saímos do mapa da fome! “Mas e daí se a bolsa de valores só cai?! Temos fome de dólar e esse só aumenta!” ... Tivemos a menor taxa de desemprego registrada na história! “Mas e daí se a oscilação do mercado está assustadora?” ... Tiramos 30 milhões de pessoas da miséria! “Ah, disso eu entendo bem! Minha empregada se recusa a trabalhar. Onde já se viu, fica recebendo essas ‘bolsas-esmolas’ do governo e não quer mais trabalhar por R$ 500,00 por mês. E olha que eu pago bem... por que a Cristina Josefina de Alburquerque Noronha paga apenas...” Ahhh! Estou cansada!
Faz dias que não durmo direito. Faz dias que não penso em outra coisa. Já fui chamada de doente, que estou viciada, paranoica, que nada do que fizer salvará o mundo, que sou apenas uma. Mas um conforto foi descobrir que não sou apenas UMA. Somos milhares. Uma onda vermelha que está indo longe. 
Foram meses de angústia e a cada dia eu esperada mais e mais pelo dia de hoje, pois ele decidiria o curso da minha vida e de todos os brasileiros. Quisera que todos entendessem dessa forma. Que não fosse uma disputa de um campeonato entre o time Vermelho x time Azul, mas que fosse uma disputa por ideologias, disputa por um Brasil melhor. Mas infelizmente o processo eleitoral transformou-se em uma grande luta de classes, em um concurso de ofensas gratuitas. Falando em ofensas, eu fui ofendida, como fui. “Bandida, corrupta, suja, mal caráter, inconveniente,  mal informada, burra, sofro de cegueira partidária, vivo em outro mundo...” e por ai vai. E tudo por levantar uma bandeira, a bandeira vermelha. E saibam, onde ela estiver é onde eu estarei. 
Não voto em corrupto! Voto em quem deu oportunidades para o povo, oportunidades essas que lhe foram negadas por outros. Voto pelos direitos, voto pela democracia. Voto por mim e por todos meus alunos. Voto até para você que está discordando do texto. “Você não ganhará nada por isso!” Eu ganho! Eu ganho um futuro para mim, para os meus alunos, para quem não tem nada, para quem não tem voz. “E caso não ganhe amanhã...?” No seu campeonato posso perder, mas na minha convicção, NUNCA!
Amanhã vou de 13, como sempre fui na minha vida. Defenderei um número, uma cor, uma sigla e um nome: Dilma! Pois com ela conheci sorrisos onde havia tristeza. Conheci saciedade onde havia fome. Lar onde não havia nada. Futuro onde havia a dúvida. Conheci o negro e pobre como médico. Conheci a vitória onde só havia desespero. E hoje conheceremos o amor onde, até então, só havia o ódio! 
Confiança! É com ela que irei me vestir hoje!





13 de agosto...


13 de agosto de 2014...
E até o clima do dia está colaborando para a melancolia que ele se transformou.
Um dia triste por perdas trágicas. Temos falado muito do Eduardo Campos, mas esquecemos que sua equipe que estava com ele no avião, que também tem família e que ela está sofrendo igualmente.
Eu esperava que essa eleição fosse suja, desonesta, como já vimos anteriormente, mas nunca poderia imaginar algo do tipo. E agora vejo o partido e a coligação se degladiando nos bastidores pelo posto deixado. Vejo a mídia insensível cercando os familiares em busca do "furo", ignorando completamente os seus sentimentos e o momento que tem que lhe ser dado. Vejo a ignorância de quem usa a Rede Social  para disseminar seu ódio, e aparentemente vive a espera de um fato ruim para usá-lo como forma de denegrir a imagem de alguém. Vejo a insensibilidade de quem não tem respeito pela dor e utiliza a dor para fazer piada.
Vejo que a morte de Eduardo Campos ser usada como campanha de ódio e sei que verei, em um futuro próximo, que ela será também usada como campanha de marketing.
É triste como quanto mais nos tornamos "populares" em um mundo de faz de conta, como é uma Rede Social, mais insensíveis e cruéis ficamos... na mesma proporção.
Que esse dia não seja esquecido, assim como o legado do Eduardo Campos não seja. E mesmo eu não concordando com ele politicamente eu sinto dor. Mais aguda do que deveria ser. Que ele possa descansar e que seu nome esteja ligado ao seu legado e não as conspirações absurdas que estão surgindo.
Tenho medo do nosso futuro ser de solidão. Que monitores se tornem cada vez mais escudos da nossa ignorância e teclados armas do nosso ódio.

A Copa das Copas!

Adoro futebol, afinal nasci em um lar de homens loucos por futebol. Corinthiana chata e orgulhosa, daquela que vai ao estádio e fala palavrão (não me orgulho disso, mas você já foi ao estádio?). Lá em casa não gostamos só do nosso clube, somos amantes do futebol.
Quando o Brasil foi escolhido para ser a sede da Copa do mundo eu vibrei e até fiz planos de assistir no estádio a pelo menos um dos jogos do mundial, e quando o preço dos ingressos foram divulgados decidi assistir os jogos da poltrona aqui de casa mesmo, não necessariamente pelo valor que seria justo, mas na atual situação de “vida nova” fiquei impossibilitada. Minha torcida não seria menor por isso.
Não fiz coro contra a Copa, em momento nenhum. Quando os grandes slogans “Imagina na Copa” e “É esse o país da Copa” começaram a pipocar nas redes sociais percebi que era só mais um coro inútil e fiz chacota com eles (e como!), assim como as manifestações contra o Mundial que pipocavam nas ruas. Vou confessar, estava temerosa com o que poderia ser dito do nosso país, principalmente por conta do momento político que estamos vivendo, mas sabia que aquela seria a Copa das Copas. Não podíamos falhar. Juntos, fizemos toques, lançamentos, defesas espetaculares e toques de letra. Mas tivemos bolas foras e a pior delas foi o insulto vergonhoso perante o mundo todo que fizeram contra a nossa Chefe da nação, aquela que sempre acreditou e seguiu com o mantra de que seria essa a Copa da Copa. A presidente Dilma, naquele palanque, não só representava a figura administrativa da nação, ela era uma torcedora que assistia aflita ao lado da sua filha o desempenho da Seleção, esqueceram que ela é uma mulher, e sofreu demais para permitir a liberdade de expressão, que nesse caso se voltou contra ela. No instante em que os insultos tomaram conta da Arena Corinthians eu tomei as dores e parti em defesa, comprei briga com “intelectuais” da grande mídia, me senti no dever de alertar com relação ao ato deplorável e vergonhoso que vinha da área VIP do estádio, local onde os “intelectuais” guardavam seus postos comprados (R$ 900,00) ou presenteados. E fui ofendida, tanto quanto a presidente. Mas resisti, com chacotas (sou boa nisso). Devolvia a ofensa com humor, e na mesma medida das ofensas vieram elogios e incentivos pela minha “coragem”. Me senti bem, e sabia que a redenção viria em breve, e de fato ela veio. Hoje 03 de julho de 2014 um dos órgãos de pesquisa revelou resultados de uma pesquisa sobre intenção de voto, avaliação do governo, aceitação da Copa e qual a opinião sobre os insultos contra a Presidente e esse último apontou que 76% da população considerou VERGONHOSO! E os outros 24? Lembrem-se, temos a ala VIP no nosso país!
A Copa está provando o potencial do Brasil ao mundo, mas principalmente está provando ao brasileiro que somos sim tão capazes quanto o resto do mundo. Não somos só capazes com uma bola no pé. Temos o potencial de promovermos uma linda festa verde e amarela, voltar os olhos do mundo para nós e fazermos sim A COPA DAS COPAS. Acredito que a nossa síndrome do Vira-lata será erradicada depois do dia 13 de julho, fomos vacinados. Duvida? Com esse problema resolvido podemos nos dedicar a outros que assolam a nossa sociedade, como por exemplo:  o desconhecimento de que o Brasil possui outros partidos políticos além do PT; Que o nosso sistema governamental se divide em três poderes (legislativo, executivo e judiciário) e cada um deles possui as suas próprias demandas e responsabilidades; Que “Eu resolvo na urna” e votar nulo não resolve nada; Que ler e abrir a mente para novas idéias lhe deixará mais propício ao diálogo e entendimento; e insultar ou usar o CAPS LOCK quando não houver argumento não vale de argumento.
E a nossa mídia? Ontem incentivava os slogans pessimistas. Hoje ela faz matérias mostrando que os torcedores se renderam ao Mundial. Que hoje a aceitação da Copa é maior e nos orgulhamos dessa festa. Os torcedores estão arrependidos? Sei!
Como eu disse no começo desse texto eu amo futebol e chorei e sofri demais no jogo contra o Chile, mas como sou corinthiana (se não for sofrido, não é Corinthians) estou acostumada com o sofrimento, mas amanhã (04 de julho) contra a Colômbia poderia ser um pouco mais tranquilo, vamos guardar nosso sofrimento, afinal a Argentina está na mira. Independente do resultado continuarei brasileira, me orgulhando dessa Pátria mãe gentil, que recebeu o mundo todo e aos pouco (eu acredito) está começando a se receber, se aceitar. Continuarei defendendo o que acredito, e comprando brigas, mesmo que virtuais, pelo que considero correto. Não baixarei minha guarda! Tenho exemplos dignos que não abaixam a cabeça e nem se abalam diante de um do ódio irracional de um estádio lotado.
E por fim, lhe convido a assistir esse belíssimo depoimento do ator José de Abreu para mãe da Paula, avó do Gabriel, Dilma Rousseff!



Não nos calaremos!

Nunca tivemos muito direito ao barulho, mas quando o mais absoluto silêncio se fez, trouxe com ele uma escuridão nunca antes vista.
Ele veio marchando de madrugada, sorrateiro e covarde. Tirou de nós a luz vermelha, aquela que há tempos desejávamos, que iria dar da terra o nosso futuro. Colocou uma mordaça em quem nos defendia e lançou seu véu negro sobre toda uma nação.
Aos poucos o silêncio foi se alastrando, e a escuridão nos devorando. Vendaram nossos olhos (livros terroristas), tamparam nossos ouvidos (mídia aliada) e calaram de vez nossa voz. Mas resistimos. Houveram muitos que lutaram. Soltaram a voz! Diziam que apesar da escuridão o amanhã seria um novo dia. Heróis!
No entanto tantas vozes se calaram, de vez. E essas emudeceram a murros, pontapés, tapas, choques, afogamentos... Ah! Se pudessem ouvir o que essas voz queriam dizer. Mas não houve chance para tal. O silêncio era a sentença. E para as mães, pais, irmãs, irmãos, filhos, filhas, mulheres, maridos e companheiros, para eles sobram apenas os lamentos, também silenciosos.
E quem sobreviveu a esse silêncio, aquele mais profundo vindo diretamente dos porões, hoje é perseguido por vozes, dolorosas vozes, que os assombra por toda vida.

E a nós cabe gritar aos ventos, a plenos pulmões, as dores e agonias desse período que ainda hoje nos ronda, para que aos desavisados seja dito: SILÊNCIO NUNCA MAIS!

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