Saudoso Adoniran, Rubinato querido...

Há exatos (ou não tão exatos assim) 100 anos atrás, nascia em Valinhos João Rubinato.

Mas quem era mesmo João Rubinato? E Adoniran Barbosa? Agora ficou mais fácil!

Por achar que seu nome não combinava com o samba, em 1935, Adoniran pegou emprestado o nome de um amigo paulista, acrescentou o sobrenome de outro amigo, carioca, e se tornou conhecido em todo o país.

Filho de imigrantes, Adoniran inventou o samba paulistano ao misturar, sem perder o ritmo, os sotaques italiano e paulista, típico do bairro do Bixiga (hoje chamado Bela vista), na capital, para produzir uma das mais originais obras da música popular brasileiro. A música “Tiro ao Álvaro”, gravada por Elis Regina, é um exemplo dessa fusão. Criou grandes sucessos – “Saudosa Maloca”, “Samba do Arnesto” e “Iracema” -, e o maior deles foi a música ‘Trem das Onze’, gravada, entre outros, pelo conjunto Demônios da Garoa.

Adoniran nasceu pobre e morreu pobre, pois todo dinheiro que ganhou ajudava os amigos, e no fim creio que a maior riqueza que ele possuia e considerava eram as canções interpretadas por ele e por seus amigos, como a cantora Elis Regina. O cantor e compositor fez muitas coisas na vida, Foi pedreiro, garagista, mascate, encanador, garçom, metalúrgico .... Começou sua carreira artística cantando no rádio, em programas de calouros. Uma das funções era a de entregador de marmita ainda adolescente. Pelo caminho surrupiava alguns bolinhos. A matemática da vida lhe dá o que a escola deixou de ensinar: uma lógica irrefutável. Se havia fome e, na marmita, oito bolinhos, dois lhe saciariam a fome e seis a dos clientes; se quatro, um a três; se dois, um a um. O aprendizado se completa, nas diversas atividades exercidas por João.

Sua data de nascimento é incerta, pois conforme o próprio Adoniran dizia ele nasceu no ano de 1912, mas por ter que trabalhar para ajudar no sustento da família foi feito um batistério com a data de nascimento modificada para 1910.

Boêmio, cronista da vida paulistana, marido da Matilde, uma mulher tolerante com o marido que gostava de uma farra, Adoniran Barbosa ficou famoso graças à voz de alguns maiores cantores do país. Morreu quase esquecido, aos 72 anos, na sua casa em São Paulo, no dia 23 de novembro de 1982, vítima de uma parada cardíaca.

E hoje, quando seu centenário se completa, a capital paulista que tanto lhe serviu de inspiração comemora seu nascimento com diversas homenagens:

PROJETO ADONIRAN 100 ANOS - Centro Cultural São Paulo - Sala Adoniran Barbosa. Centro. Grátis

Artistas de diferentes matizes da música brasileira cantam a crônica musical paulistana de Adoniran Barbosa, nascido em 6 de agosto de 1910. Os shows marcam o lançamento do CD homônimo ao projeto.

MARIA ALCINA E VÂNIA BASTOS Dia 7, 19h FABIANA COZZA, OSVALDINHO DA CUÍCA E MILENA Dia 8, 18h Para ambos os shows, os ingressos podem ser retirados na bilheteria entre dias 3 e 6, das 14h às 20h, e nos dias 7 e 8, das 14h até o início das apresentações (se houver ingressos).

CIDA MOREIRA E PASSOCA Dia 14, 19h CAUBY PEIXOTO, TOBIAS DA VAI-VAI E GRAÇA BRASSA Dia 15, 18h Para ambos os shows, os ingressos podem ser retirados na bilheteria entre dias 10 e 13, das 14h às 20h, e nos dias 14 e 15, das 14h até o início das apresentações (se houver ingressos).

VIRGÍNIA ROSA, MAURICIO PEREIRA E MARKINHOS MOURA Dia 21, 19h WANDERLÉA, THOMAS ROTH E MÁRCIA CASTRO Dia 22, 18h Para ambos os shows, os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria entre dias 17 e 20, das 14h às 20h, e nos dias 21 e 22, das 14h até o início das apresentações (se houver ingressos).

EDUARDO GUDIN E TETÊ ESPINDOLA Dia 28, 19h DEMÔNIOS DA GAROA E QUINTETO BRANCO E PRETO Dia 29, 18h Para ambos os shows, os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria entre dias 24 e 27, das 14h às 20h, e nos dias 28 e 29, das 14h até o início das apresentações (se houver ingressos).

Na Estação da Luz, no Centro de São Paulo, será o palco de 20 bailarinos que vão dançar ao som das principais músicas de Adoniran Barbosa, nesta sexta-feira (6). O espetáculo marca o centenário de nascimento do músico. A apresentação será realizada às 12h, no saguão principal da estação.

No Museu do Bixiga, bairro muito frequentado pelo compositor, alguns objetos pessoais de Adoniran estarão expostos. São marcas registradas de Adoniran, como o chapéu, o cachecol, o isqueiro, a gravata borboleta e capa de um disco de 1980. De terça a sexta-feira, das 14h às 18h.

Em Valinhos, na região de Campinas, cidade onde o compositor nasceu, a comemoração será ainda maior. Nesta sexta, ele ganhará uma placa comemorativa no obelisco da Praça Brasil 500 anos, na Avenida dos Esportes com a Rua Rui Barbosa.
Às 20h30, será realizada uma apresentação da cantora Maria Alcina, com o espetáculo “100 anos de Adoniran Barbosa”, no Auditório Municipal da cidade. Os convites deverão ser retirados uma hora antes do espetáculo, na bilheteria do auditório – que fica na Rua 21 de Dezembro, 66, Centro.

Já no domingo será a vez dos grupos Sem Tempo e Demônios da Garoa subirem ao palco do Centro de Artes, Cultura e Comércio (CACC) Adoniran Barbosa, a partir das 17h. As apresentações são gratuitas.
Gonzaguinha, Clara Nunes e Adoniran

Clementina de Jesus, Adoniran e Matilde.


2 comentários:

Unknown disse...

Tive eu o prazer de encenar nos palcos a vida deste homem maravilhoso, a gente precisa de mais Adonirans!!!!

Beijos

flavor disse...

sóóóciaaa!
eu AMO esse cara!
grande mestre! xD

seu blog tá mto bom amor! parabééns! bjaao! ;*

Saudoso Adoniran, Rubinato querido...

Há exatos (ou não tão exatos assim) 100 anos atrás, nascia em Valinhos João Rubinato.

Mas quem era mesmo João Rubinato? E Adoniran Barbosa? Agora ficou mais fácil!

Por achar que seu nome não combinava com o samba, em 1935, Adoniran pegou emprestado o nome de um amigo paulista, acrescentou o sobrenome de outro amigo, carioca, e se tornou conhecido em todo o país.

Filho de imigrantes, Adoniran inventou o samba paulistano ao misturar, sem perder o ritmo, os sotaques italiano e paulista, típico do bairro do Bixiga (hoje chamado Bela vista), na capital, para produzir uma das mais originais obras da música popular brasileiro. A música “Tiro ao Álvaro”, gravada por Elis Regina, é um exemplo dessa fusão. Criou grandes sucessos – “Saudosa Maloca”, “Samba do Arnesto” e “Iracema” -, e o maior deles foi a música ‘Trem das Onze’, gravada, entre outros, pelo conjunto Demônios da Garoa.

Adoniran nasceu pobre e morreu pobre, pois todo dinheiro que ganhou ajudava os amigos, e no fim creio que a maior riqueza que ele possuia e considerava eram as canções interpretadas por ele e por seus amigos, como a cantora Elis Regina. O cantor e compositor fez muitas coisas na vida, Foi pedreiro, garagista, mascate, encanador, garçom, metalúrgico .... Começou sua carreira artística cantando no rádio, em programas de calouros. Uma das funções era a de entregador de marmita ainda adolescente. Pelo caminho surrupiava alguns bolinhos. A matemática da vida lhe dá o que a escola deixou de ensinar: uma lógica irrefutável. Se havia fome e, na marmita, oito bolinhos, dois lhe saciariam a fome e seis a dos clientes; se quatro, um a três; se dois, um a um. O aprendizado se completa, nas diversas atividades exercidas por João.

Sua data de nascimento é incerta, pois conforme o próprio Adoniran dizia ele nasceu no ano de 1912, mas por ter que trabalhar para ajudar no sustento da família foi feito um batistério com a data de nascimento modificada para 1910.

Boêmio, cronista da vida paulistana, marido da Matilde, uma mulher tolerante com o marido que gostava de uma farra, Adoniran Barbosa ficou famoso graças à voz de alguns maiores cantores do país. Morreu quase esquecido, aos 72 anos, na sua casa em São Paulo, no dia 23 de novembro de 1982, vítima de uma parada cardíaca.

E hoje, quando seu centenário se completa, a capital paulista que tanto lhe serviu de inspiração comemora seu nascimento com diversas homenagens:

PROJETO ADONIRAN 100 ANOS - Centro Cultural São Paulo - Sala Adoniran Barbosa. Centro. Grátis

Artistas de diferentes matizes da música brasileira cantam a crônica musical paulistana de Adoniran Barbosa, nascido em 6 de agosto de 1910. Os shows marcam o lançamento do CD homônimo ao projeto.

MARIA ALCINA E VÂNIA BASTOS Dia 7, 19h FABIANA COZZA, OSVALDINHO DA CUÍCA E MILENA Dia 8, 18h Para ambos os shows, os ingressos podem ser retirados na bilheteria entre dias 3 e 6, das 14h às 20h, e nos dias 7 e 8, das 14h até o início das apresentações (se houver ingressos).

CIDA MOREIRA E PASSOCA Dia 14, 19h CAUBY PEIXOTO, TOBIAS DA VAI-VAI E GRAÇA BRASSA Dia 15, 18h Para ambos os shows, os ingressos podem ser retirados na bilheteria entre dias 10 e 13, das 14h às 20h, e nos dias 14 e 15, das 14h até o início das apresentações (se houver ingressos).

VIRGÍNIA ROSA, MAURICIO PEREIRA E MARKINHOS MOURA Dia 21, 19h WANDERLÉA, THOMAS ROTH E MÁRCIA CASTRO Dia 22, 18h Para ambos os shows, os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria entre dias 17 e 20, das 14h às 20h, e nos dias 21 e 22, das 14h até o início das apresentações (se houver ingressos).

EDUARDO GUDIN E TETÊ ESPINDOLA Dia 28, 19h DEMÔNIOS DA GAROA E QUINTETO BRANCO E PRETO Dia 29, 18h Para ambos os shows, os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria entre dias 24 e 27, das 14h às 20h, e nos dias 28 e 29, das 14h até o início das apresentações (se houver ingressos).

Na Estação da Luz, no Centro de São Paulo, será o palco de 20 bailarinos que vão dançar ao som das principais músicas de Adoniran Barbosa, nesta sexta-feira (6). O espetáculo marca o centenário de nascimento do músico. A apresentação será realizada às 12h, no saguão principal da estação.

No Museu do Bixiga, bairro muito frequentado pelo compositor, alguns objetos pessoais de Adoniran estarão expostos. São marcas registradas de Adoniran, como o chapéu, o cachecol, o isqueiro, a gravata borboleta e capa de um disco de 1980. De terça a sexta-feira, das 14h às 18h.

Em Valinhos, na região de Campinas, cidade onde o compositor nasceu, a comemoração será ainda maior. Nesta sexta, ele ganhará uma placa comemorativa no obelisco da Praça Brasil 500 anos, na Avenida dos Esportes com a Rua Rui Barbosa.
Às 20h30, será realizada uma apresentação da cantora Maria Alcina, com o espetáculo “100 anos de Adoniran Barbosa”, no Auditório Municipal da cidade. Os convites deverão ser retirados uma hora antes do espetáculo, na bilheteria do auditório – que fica na Rua 21 de Dezembro, 66, Centro.

Já no domingo será a vez dos grupos Sem Tempo e Demônios da Garoa subirem ao palco do Centro de Artes, Cultura e Comércio (CACC) Adoniran Barbosa, a partir das 17h. As apresentações são gratuitas.
Gonzaguinha, Clara Nunes e Adoniran

Clementina de Jesus, Adoniran e Matilde.


2 comentários:



Unknown disse...

Tive eu o prazer de encenar nos palcos a vida deste homem maravilhoso, a gente precisa de mais Adonirans!!!!

Beijos

flavor disse...

sóóóciaaa!
eu AMO esse cara!
grande mestre! xD

seu blog tá mto bom amor! parabééns! bjaao! ;*

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