Frei Betto
Frei Betto e a religião
Frei Betto e o Brasil
Biografia
Foi coordenador da ANAMPOS (Articulação Nacional de Movimentos
Populares e Sindicais), participou da fundação da CUT (Central Única dos
Trabalhadores) e da CMP (Central de Movimentos Populares). Prestou assessoria à
Pastoral Operária do ABC (São Paulo), ao Instituto Cidadania (São Paulo) e às
Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Foi também consultor do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em 2003 e 2004 atuou como Assessor Especial do Presidente da
República e coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero. Desde 2007
é membro do Conselho Consultivo da Comissão Justiça e Paz de São Paulo. É sócio
fundador do Programa Educação para Todos.
Em 1987, recebeu o prêmio de Direitos Humanos da Fundação Bruno
Kreisky, em Viena. Em outubro de 1990, ganhou o prêmio Dom Oscar Romero da
Fundação Georg Fritze, concedido por Igrejas protestantes da Alemanha.
Destinou-o à Comissão Pró-Central dos Movimentos Populares. Integrou, por cinco
anos (1991-1996), o conselho da Fundação Sueca de Direitos Humanos. Em 1992, o
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) compartilhou com Frei Betto
o prêmio The Right Livelihood, conhecido como Prêmio Nobel Aternativo, por sua
contribuição à luta por reforma agrária e à construção do MST. Em 20/12/1996,
recebeu o Troféu Sucesso Mineiro, da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte,
dentro das comemorações do centenário da cidade. Na Itália, foi a primeira
personalidade brasileira a receber o prêmio Paolo E. Borsellino por seu
trabalho em prol dos Direitos Humanos, concedido em maio de 1998. Também em 1998 foi homenageado
pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro com o
Prêmio CREA/RJ de Meio Ambiente, e ganhou a Medalha Chico Mendes de
Resistência, concedida pelo Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro por sua
luta em prol dos direitos humanos. Prêmio Jabuti, ano 2000, pela obra coletiva
Mysterium Creationes - Um olhar interdisciplinar sobre o Universo. No mesmo
ano, recebeu do governo de Cuba a Medalha da Solidariedade e dos Conselhos de
Psicologia do Brasil o Troféu Paulo Freire de Compromisso Social/2000. Recebeu,
em 2004, a “Ordem do Mérito Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios”. Em maio de 2005, numa iniciativa da UNESCO, Associação Brasileira
de Imprensa (ABI) e jornal Folha Dirigida foi eleito, por voto direto e secreto
de um colégio eleitoral de 2.500 pessoas, uma das 13 “Personalidades Cidadania
2005”. Em março de 2006 recebeu, por deliberação unânime da Diretoria Executiva
do Instituto Brasileiro de Municipalismo, Cidadania e Gestão (Instituto
Cidadão), a Medalha do Mérito Dom Helder Câmara em reconhecimento aos
relevantes serviços prestados à Nação, na preservação e fiscalização da gestão
pública moral e legal. Em agosto de 2007 recebeu a Medalha Tiradentes,
homenagem prestada pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Em outubro do
mesmo ano foi agraciado com o título de Cidadão Honorário de Brasília.
Em maio de 2008, recebeu em Tarragona, na Espanha, o Prêmio Ones - Reconocimiento Internacional Foca
Mediterrània, por sua trajetória e ações em prol do meio ambiente e da
solidariedade internacional.
No ano seguinte, recebeu o prêmio ALBA de Las Letras em
reconhecimento ao conjunto de sua obra literária. A premiação é concedida pela
Fundação Cultural da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA)
a personalidades que consagram sua vida e obra à valorização do patrimônio
cultural da América Latina e Caribe com criações originais de todos os gêneros
literários.
Ditadura Militar Brasileira
Em 1969, os freis Ivo e Fernando foram os primeiros dominicanos a
cair. Capturados pela polícia e submetidos a fortes torturas, acabaram forçados
a servir de isca e marcar um encontro com Marighella. A emboscada revelou-se um
sucesso: após troca de tiros, morreu o líder da ALN.
Frei Tito, então com 24 anos, foi o próximo dominicano colocado
atrás das grades, capturado no próprio convento dos dominicanos. Cinco dias
depois, frei Betto também foi
preso. Estava escondido no Rio Grande do Sul, ajudando opositores do governo a
fugirem do país pela fronteira.
Dentre todos esses religiosos, é a história de frei Tito que o
filme aborda com mais profundidade. Durante 42 dias, ele foi submetido ao
pau-de-arara, a choques elétricos nos ouvidos e genitais, a socos, pauladas,
palmatórias e queimaduras de cigarro, entre outras perversidades. Em certa
ocasião, foi lhe ordenado que abrisse a boca para receber a "hóstia
sagrada" (dois eletrodos com corrente elétrica). Teve a boca queimada a
ponto de não conseguir falar. Tentou suicídio nessa época, cortando-se com uma
gilete. Os militares, no entanto, o mantiveram vivo e sob tortura psicológica.
Em dezembro de 1970, Tito foi incluído na lista de presos
políticos trocados por um embaixador suíço seqüestrado. Partiu para o exílio,
passando pelo Chile e pela Itália antes de se estabelecer definitivamente na
França. Do Brasil, contudo, Tito não saiu sozinho. Levou consigo a lembrança
obsessiva do delegado Sérgio Paranhos Fleury, seu principal algoz nos porões
ditadura. Alucinava o espectro de seu torturador e sentia sua presença entre as
árvores do convento de La Tourette - onde passou a viver. O delegado lhe dava
ordens: não entrar, não deitar, não comer... Tito oscilava entre resistir e
obedecer. Em 1974, atormentado por essa realidade, o frade enforcou-se em uma
árvore nos arredores do convento.
Ditadura Militar brasileira
Ditadura Militar brasileira
Frei Betto na época da Ditadura Militar brasileira
Julgamento dos dominicanos na Ditadura Militar brasileira, todos condenados a quatro anos de prisão.
Da esquerda para direita, Frei Fernando, Frei Betto, Frei Ivo e Frei Tito.
Filme: Batismo de Sangue
Lançamento: 2007
(Brasil) (França)
Direção: Helvécio
Ratton
Atores: Caio Blat,
Daniel de Oliveira , Cássio Gabus Mendes , Ângelo Antônio , Léo Quintão ,
Odilon Esteves
Duração: 110 min
Gênero: Drama
Sinopse: São Paulo, fim dos anos 60. O convento dos frades
dominicanos torna-se uma trincheira de resistência à ditadura militar que
governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos, os freis Tito (Caio Blat), Betto
(Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão) e Ivo
(Odilon Esteves) passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora
Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku Ribas). Eles logo passam a ser
vigiados pela polícia e posteriormente são presos, passando por terríveis
torturas.
Minhas impressões sobre o filme:
É um dos filmes nacionais que eu mais gosto. O conteúdo
apresentado é pesado e isso o torna especial, pois de certa forma não varre
para debaixo do tapete todo o sofrimento daquele período. Quando a gente ouve
que a ditadura foi violenta logo pensamos na violência física, e o filme
Batismo de Sangue mostra a outra violência que esquecemos, a violência
psicológica.
Poderia falar muito sobre o filme, mas prefiro que cada um tenha
o senso crítico suficiente para tecer uma opinião.
Só para complementar meu comentário, se nada disso bastar para
que você assista o filme vale a pena assistir pela atuação de todos os atores,
principalmente do ator Caio Blat, comovente não é a palavra certa, mas deixo
vocês com ela.
Batismo de Sangue: "Assim
externarei as lembranças de um passado sombrio"
Cartaz do filme
Cena do filme: Missa realizada pelos dominicanos dentro da prisão
Cena do filme: Frei Tito após tanta tortura tenta se matar
Cena do filme: Cássio Gabus Mendes interpreta um dos carrascos da Ditadura, o Delegado Fleury
Cena do filme: Dominicados
Daniel de Oliveira viveu Frei Betto no filme
Caio Blat viveu Frei Tito no filme
Fonte:
Site do Frei Betto (Indicadíssimo!)
3 comentários:
Parabéns Karine! Achei seu blog em uma pesquisa no google sobre Frei Betto e gostei muito do post. Você soube reunir as informações mais importantes, além da indicação do filme, que achei muito interessante.
Myrna - estudante de Ciências Sociais na federal da Bahia(Ufba).
Seu blog é muito bom!
Por que as fotos sumiram?
Olá Myrna, obrigada pelo carinho. Pretendo deixar o blog mais ativo esse ano.
professor Eduardo as fotos sumiram pois o google apagou. Simples assim, as fotos estavam armazenadas no meu picasa web, e de um dia para o outro o álbum sumiu, para o meu desespero. Mas vou renovar o meu blog. Abraços.
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